Boone quer UE além de "máquina de dinheiro" e Moedas linguagem simples
A ex-secretária de Estado de Assuntos Europeus francesa, Laurence Boone, defendeu hoje uma União Europeia que não seja reduzida a máquina de pagamentos, enquanto o ex-comissário europeu e atual autarca Carlos Moedas pediu uma simplificação de linguagem.
![Boone quer UE além de "máquina de dinheiro" e Moedas linguagem simples](https://media-manager.noticiasaominuto.com/960/naom_5dd7da1a49161.jpg)
© iStock
![Notícias ao Minuto](https://cdn.noticiasaominuto.com/img/equipa/pessoa/lusa.png)
Mundo UE
No encontro "Ágora Jacques Delors", a decorrer em Lisboa, a economista francesa defendeu uma mudança na forma como se encara o espaço comunitário, substituindo o "se colocar recursos na porta do lado quanto é que eu recebo" pelo "se colocar na porta do lado, todos seremos beneficiados".
Recorrendo a exemplos como o programa de intercâmbio de estudantes Eramus, a gestão de vacinas e infraestruturas, Boone defendeu a importância dos valores europeus e dos benefícios conjuntos, pelo que a Europa deve "deixar de ser vista como uma máquina de pagamento de dinheiro".
O atual presidente da Câmara Municipal de Lisboa garantiu que os autarcas gostam da UE e que a "maioria quer ajudar a Europa porque precisa dela", Carlos Moedas argumentou que se pode usar a "linguagem simples".
"Os populistas usam a linguagem simples, mas sem apresentar soluções. Também devemos usar linguagem mais simples" para garantir que a UE chega às pessoas, considerou o antigo comissário, exemplificando com a frase a "Europa está a pagar" quando entrega casas a habitantes da capital.
indicou como aproveita deslocações ao terreno para divulgar que a construção de habitação se deve a dinheiro comunitário, até porque as "cidades são os tradutores das políticas europeias" ao "ligar o local ao global".
No painel dedicado à defesa na conferência dirigida a jovens, Nicole Gnesotto, especialista em questões europeias e internacionais, contextualizou o atual momento à luz da invasão russa da Ucrânia e como estão em causa matérias sobre a "morte e aceitar morrer juntos por um outro país que não o nosso".
Esta é uma altura para "pensa diferente ser criativo" quando estão em causa interesses comuns, mas respeitando as constituições democráticas de cada Estado Membro, referiu a historiadora francesa.
Leia Também: Ucrânia: Rússia perturbou sinais de satélite europeus
Descarregue a nossa App gratuita.
Oitavo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.
* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com