O primeiro-ministro da Hungria, Viktor Orbán, esteve esta terça-feira em Kyiv, naquela que foi a sua primeira visita oficial à Ucrânia desde a invasão russa, iniciada em fevereiro de 2022. Na ocasião, o governante húngaro encontrou-se com o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, a quem pediu que "considerasse a possibilidade de um cessar-fogo o mais rapidamente possível".
Orbán, sublinhe-se, é o único líder dos países da União Europeia (UE) que é considerado próximo de Moscovo e do presidente russo, Vladimir Putin. Na segunda-feira, assumiu a presidência rotativa de seis meses do Conselho da UE, que iniciou negociações para a adesão da Ucrânia, e esta terça-feira viajou à Ucrânia pela primeira vez em 12 anos.
Em conferência de imprensa, Zelensky afirmou que a visita de Orbán mostra "as prioridades europeias comuns e a importância de trazer uma paz justa à Ucrânia e a toda a Europa". Já o primeiro-ministro húngaro adiantou à imprensa que pediu ao "presidente Zelensky que considerasse a possibilidade de um cessar-fogo o mais rapidamente possível", que seria "limitado no tempo e permitiria acelerar as negociações de paz" com a Rússia.
"O objetivo da minha presença aqui é perceber como podemos ajudar a Ucrânia nos próximos seis meses e também como podemos ajudar a comunidade húngara", disse Orbán, numa referência à presidência húngara da UE.
Sublinhe-se que a Hungria não assinou o comunicado final da cimeira de paz organizada por iniciativa da Ucrânia na Suíça em meados de junho. O líder húngaro opôs-se à maioria das iniciativas europeias de assistência militar e financeira à Ucrânia no contexto da invasão russa.
Também se opôs às sanções contra a Rússia, embora tenha cedido em momentos-chave após longas negociações em que lhe foram oferecidas contrapartidas em troca do levantamento do veto.
Veja as imagens do encontro na galeria acima.
Leia Também: Zelensky quer paz justa e Orbán pede cessar-fogo para negociações