A 'enfermeira serial killer', que foi considerada culpada por homicídio de sete bebés, foi novamente julgada pela tentativa de homicídio de um bebé prematuro, apenas duas horas após o seu nascimento.

Lucy Letby, de 34 anos, foi presente ao Tribunal da Coroa de Manchester num novo julgamento, por tentar matar uma menina, apelidada de Child K, no Hospital Countess of Chester, em fevereiro de 2016, revela a Sky News.

A acusação adiantou que Letby teria deslocado o tubo de respiração do bebé e sido  apanhada "praticamente em flagrante" quando um médico entrou na sala.

O pediatra em causa, Ravi Jayaram, afirmou, em tribunal, que viu Letby ao lado da incubadora, sem fazer nada, enquanto os níveis de oxigénio caíam, colocando em risco de vida a criança. Além disso, um alarme deveria ter soado, mas estava silencioso.

O bebé recuperou, mas o tubo terá sido deslocado mais duas vezes nessa noite. Desta forma, Letby teria tentado fazer parecer que o bebé o deslocava habitualmente.

O bebé, que tinha nascido com 25 semanas de gestação, foi transferido para uma unidade neonatal especializada, mas acabou por morrer três dias depois.

Contudo, não ficou provado que as ações de Letby tivessem causado a morte do recém-nascido.

Neste julgamento, Letby negou que alguma vez tivesse tido a intenção ou tentado fazer mal a qualquer bebé que estivesse ao seu cuidado.

Sobre o caso desta bebé em particular, terá dito que não se lembrava, mas ressalvou: "Sei que não fiz nada para interferir".

A Sky News avança que a assassina terá feito pesquisas nas redes sociais pelos nomes das crianças envolvidas ou dos seus pais, no entanto, esta negou ter fascínio pelas famílias ou por sentir sinais da sua dor.

"Não sou culpada daquilo de que fui considerada culpada", afirmou Letby.

De recordar que a enfermeira cometeu os crimes no Hospital Condessa de Chester, entre junho de 2015 e junho de 2016. Contudo, e apesar das suspeitas, Lucy Letby não foi demitida da unidade de saúde, nem denunciada às autoridades. Ao invés, foi suspensa do cargo de enfermeira e passou a desempenhar funções administrativas.

Após anos de investigação, a enfermeira, atualmente com 33 anos, foi detida pela primeira vez, em 2018, tendo sido formalmente acusada em 2020.

Em agosto passado, foi condenada a 14 penas perpétuas pelo assassinato de sete bebés e pela tentativa de homicídio de outros seis.

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