Marianne Smyth, uma cidadã norte-americana que fingiu ser uma herdeira irlandesa para burlar várias vítimas em dezenas de milhares de dólares, foi extraditada para o Reino Unido esta terça-feira, quatro meses após ter sido detida no Maine, nos Estados Unidos.
A mulher foi acusada de ter roubado mais de 170 mil dólares (cerca de 158 mil euros) a cinco pessoas que conheceu através dos seus empregos em empresas hipotecárias, num esquema que durou entre 2008 e 2010, na Irlanda do Norte. Durante anos, fingiu ainda ser uma vidente, médium e amiga de celebridades, conta a agência de notícias The Associated Press (AP).
Uma das vítimas de Smyth foi o produtor de televisão Johnathan Walton, que depois denunciou os crimes no podcast 'Queen of the Con: The Irish Heiress'. No total, Walton foi lesado em quase 100 mil dólares (cerca de 93 mil euros).
No podcast, o produtor explicava como Smyth defraudou as vítimas e foi o próprio que forneceu às autoridades a sua localização, que levou à detenção em fevereiro de 2024.
Em comunicado, a polícia da Irlanda do Norte confirmou que uma mulher que tinha sido extraditada dos EUA "para ser julgada por uma série de crimes de fraude".
O caso de Marianne Smyth foi comparado ao de Anna Sorokin, uma cidadã russa-alemã, filha de um camionista oriundo dos subúrbios de Moscovo, que conseguiu em 2016 e 2017 enganar as elites de Nova Iorque, fazendo-se passar por uma herdeira alemã chamada 'Anna Delvey'.
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