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Morreu Pål Enger, o futebolista que ficou famoso por roubar 'O Grito'
O roubo de 'O Grito', que estava em exposição na Galeria Nacional da Noruega, demorou apenas 50 segundos. No fim, os ladrões deixaram uma nota: "Obrigada pela fraca segurança".
© chesnot/Corbis via Getty Images
Mundo Noruega
Pål Enger, um jogador de futebol norueguês que se tornou num famoso ladrão de arte, morreu, no sábado, aos 57 anos. Entre os principais roubos de Enger, estão os quadros 'Amor e Dor' e 'O Grito', ambos do artista norueguês Edvard Munch.
Segundo a agência de notícias The Associated Press (AP), Tina Wulf, assessora de imprensa do Vålerenga Fotball, onde Enger jogou quando era adolescente, confirmou esta terça-feira que o famoso ladrão morreu na noite de sábado.
Em fevereiro de 1988, Pål Enger trepou a uma janela do Museu Munch, em Oslo, e conseguiu roubar o quadro 'Amor e Dor' do artista. Anos mais tarde, a 12 de fevereiro de 1994 - no dia de abertura dos Jogos Olímpicos de inverno em Lillehammer, Noruega - o ladrão elevou a fasquia e roubou o famoso quadro 'O Grito' da Galeria Nacional do país.
O roubo durou apenas 50 segundos e foi filmado por uma câmara de segurança, que mostrava dois ladrões a subir uma escada, partir uma janela e sair com o quadro que, na altura, estava avaliado em pelo menos 55 milhões de dólares (cerca de 51 milhões de euros). No fim, deixaram uma nota: “Obrigada pela fraca segurança”.
O quadro foi recuperado cerca de três meses depois sem quaisquer danos, após Enger ter confessado que o havia escondido num compartimento secreto na mesa da sala de estar da casa da sua família.
Ao longo dos anos, o homem foi condenado por vários roubos de obras de arte e outros crimes relacionados com produtos estupefacientes. Em 1999, conseguiu fugir da prisão e apareceu num café frequentado por celebridades em Oslo, onde deu entrevistas à comunicação social, recorda a AP.
Em 2007, enquanto ainda estava preso, começou a pintar-se a si próprio e estreou-se como artista profissional em 2011, com uma série de pinturas abstractas expostas numa galeria norueguesa. No entanto, nunca abandonou o crime e, em 2015, foi acusado de roubar 17 quadros de uma galeria de arte em Oslo. Acabou por ser detido após deixar a carteira com a sua identificação no local.
Segundo contou o diretor-geral Vålerenga Fotball, Svein Graff, Enger considerava-se melhor criminoso do que futebolista e por isso optou por seguir essa carreira. O famoso ladrão morreu solteiro, mas em 2011 revelou que tinha "quatro filhos com quatro mães diferentes de quatro países".
Leia Também: Falsa herdeira irlandesa burlou vítimas em 170 mil dólares. Será julgada
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