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Tribunal russo recusa pedido de libertação para cidadão francês

Um tribunal de Moscovo rejeitou hoje o recurso que pedia a libertação do francês Laurent Vinatier, colaborador de uma organização suíça detido no início de junho e acusado de recolher informações sobre o exército russo.

Tribunal russo recusa pedido de libertação para cidadão francês
Notícias ao Minuto

11:09 - 04/07/24 por Lusa

Mundo Rússia

O tribunal manteve inalterada a decisão tomada em primeira instância, que colocou Laurent Vinatier em prisão preventiva pelo menos até 05 de agosto, enquanto aguarda um possível julgamento.

Tal como durante a audiência em primeira instância, Vinatier e os seus advogados pediram, sem sucesso, que fosse concedida a prisão domiciliária.

O cidadão francês, de 47 anos, trabalhava para o Centro para o Diálogo Humanitário, uma organização não-governamental (ONG) suíça que faz a mediação de conflitos fora dos circuitos diplomáticos oficiais.

"Sempre quis, no meu trabalho, apresentar adequadamente os interesses da Rússia nas relações internacionais", declarou Vinatier, a partir do compartimento -- muitas vezes construído em vidro ou com grades - que alberga os acusados nos tribunais russos.

"Eu amo a Rússia, minha mulher é russa e minha vida está ligada à Rússia", acrescentou.

Durante a primeira audiência, Vinatier admitiu que não se registou como "agente estrangeiro", explicando que não tinha conhecimento da lei russa que o obrigava a essa inscrição junto das autoridades russas.

Entretanto, o Comité de Investigação Russo também suspeita que o francês tenha recolhido informações sobre atividades militares russas que "poderiam ser usadas contra a segurança do Estado".

Estas suspeitas suscitam receios de acusações mais graves do que o crime de falta de registo como "agente estrangeiro", punível com cinco anos de prisão.

O tribunal que realizou a audiência em primeira instância também informou que os bens de Vinatier foram "apreendidos temporariamente".

O cônsul francês na Rússia, Patrice Servantie, esteve presente hoje na audiência, de acordo com um jornalista da agência de notícias AFP.

A prisão do francês acontece quando há um aumento da tensão entre a França e a Rússia em torno do conflito ucraniano e posteriormente à detenção na região de Paris de um russo-ucraniano suspeito de ter planeado ações violentas relacionadas com uma célula "terrorista" em França.

Leia Também: Rússia detém francês acusado de recolher informações militares

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