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Meloni repreende ala juvenil do seu partido por glorificação do fascismo

A primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, repreendeu a organização de juventude do seu partido Irmãos de Itália, depois de um meio de informação ter divulgado vídeos a mostrar alguns dos seus elementos a glorificar o fascismo.

Meloni repreende ala juvenil do seu partido por glorificação do fascismo
Notícias ao Minuto

00:02 - 05/07/24 por Lusa

Mundo Itália

"Já disse e repeti dezenas de vezes, mas talvez precise de repetir: não há espaço no Irmãos de Itália para posições racistas e antissemitas, tal como não há espaço para os nostálgicos do totalitarismo do último século ou para qualquer outra forma de folclore estúpido", escreveu Meloni em carta ao seu partido, publicada hoje na imprensa italiana.

O meio digital Fanpage divulgou os vídeos gravados em junho por um jornalista disfarçado de ativista com a organização de juventude do Irmãos de Itália.

Aí se viam membros do grupo a elogiar o ditador fascista Benito Mussolini, a fazer a saudação fascista e a gritar o slogan nazi 'Sieg Heil'.

Meloni tem denunciado as leis raciais antijudaicas do regime fascista e a supressão da democracia, mas os seus críticos desde há muito que entendem que ela não faz o suficiente para se distanciar das raízes neofascistas do seu partido.

O Irmãos de Itália tem a sua origem no Movimente Social Italiano (MSI), que foi fundado em 1946 por antigos colaboradores de Mussolini e atraiu fascistas para as suas fileiras. Permaneceu um pequeno partido de extrema-direita até aos anos 1990, quando se renomeou Aliança Nacional (AN) e se procurou distanciar do seu passado neofascista.

Meloni integrou a organização juvenil do MSI e depois da AN e fundou o Irmãos de Itália em 2012, mantendo o símbolo da chama tricolor do MSI no logótipo do seu partido.

Liliana Segre, uma senadora vitalícia, com 93 anos, sobrevivente do Holocausto, disse à televisão privada La7 que estes sentimentos sempre existiram em Itália, mas que, com o novo governo de extrema-direita, "perderam toda a vergonha".

Confessou ainda que os slogans nazis lhe trouxeram a memória da sua deportação. "Agora, com a minha idade, vou voltar a ser expulsa do meu país, como já fui?".

Leia Também: Meloni garante que "demonização" de eleitores de direita não funciona

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