"Esta nova plataforma visa formar um novo grupo parlamentar no Parlamento Europeu, cuja constituição e composição serão provavelmente anunciadas nos próximos dias", explicou o partido num comunicado.
O Vox abandona a família política onde pontuam os Irmãos de Itália, da primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, e o partido polaco Lei e Justiça, para se associar à força política que está a ser promovida pelo primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán.
"As forças patrióticas que aumentaram a sua presença no Parlamento Europeu têm uma oportunidade histórica de materializar o mandato dos eleitores num grande grupo que se apresenta como uma alternativa à coligação de populares, socialistas e extrema-esquerda", explicou o partido espanhol, para justificar a sua decisão.
O Vox vai assim acrescentar seis lugares no PE à iniciativa de Orbán - que também conta como o FPO austríaco e ANO checo - para formar uma nova famíla política, que também terá a participação do partido português Chega.
São precisos 23 deputados de sete nacionalidades diferentes para constituir um grupo parlamentar no PE.
O anúncio do Vox coincide com a viagem de Orbán a Moscovo para se encontrar com o Presidente russo, Vladimir Putin, numa viagem que surpreendeu os parceiros europeus da Hungria.
Com a saída do Vox, a formação dos Conservadores e Reformistas continua a ser o terceiro maior grupo do PE, com 78 lugares, mas apenas dois a mais que os liberais do Renovar Europa, que têm 76.
Os Patriotas pela Europa ficam agora com 31 lugares, mas faltam ainda duas nacionalidades para serem oficialmente constituídos, esperando ainda absorver até 49 eurodeputados da família política Identidade e Democracia, o grupo de extrema-direita que está condenado a desaparecer nominalmente e a ser substituído pela Iniciativa de Orbán.
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