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Dois militares da RDCongo condenados à morte por "fuga perante o inimigo"

Dois militares democrático-congoleses foram hoje condenados à morte por "cobardia" e "fuga perante o inimigo", dois dias depois de uma sentença semelhante ter sido pronunciada contra 25 outros soldados no leste da República Democrática do Congo (RDCongo).

Dois militares da RDCongo condenados à morte por "fuga perante o inimigo"
Notícias ao Minuto

20:00 - 05/07/24 por Lusa

Mundo RDCongo

Os julgamentos ocorrem no momento em que a rebelião M23 (Movimento 23 de março), apoiada pelo Ruanda, tomou novas cidades na semana passada na frente norte do conflito que dura há dois anos e meio na província de Kivu do Norte.

Desde o final de 2021, esta rebelião conquistou vastas extensões de território na província, cercando quase completamente a sua capital, Goma.

A capitã Mélissa Kahambu Muhasa, representante do Ministério Público, disse à AFP que o objetivo das audiências é atuar como uma "ferramenta dissuasora e educacional".

O objetivo é evitar que os soldados abandonem os seus postos na linha da frente, um "flagelo" na sua opinião.

Tal como na quarta-feira, na aldeia de Alimbongo, uma audiência pública móvel do tribunal militar da guarnição de Butembo teve início na quinta-feira, em Lubero, a cerca de 70 quilómetros de distância.

Cerca de trinta soldados, entre os quais pelo menos três capitães, estão a ser julgados por "cobardia", "fuga perante o inimigo", "roubo de munições de guerra", "violação de ordens", homicídio, roubo, pilhagem e extorsão.

Hoje, o tribunal condenou um soldado e um cabo e até sábado vai continuar a examinar os casos dos outros arguidos.

A defesa dos condenados anunciou a sua intenção de recorrer, tal como fez na quarta-feira, depois de 25 soldados, incluindo dois capitães, terem sido condenados à morte.

No início de maio, oito soldados já tinham sido condenados à morte em Goma por "fuga perante o inimigo".

Em março, Kinshasa decidiu levantar uma moratória sobre a execução da pena de morte, que estava em vigor há mais de 20 anos na RDCongo.

Segundo o Governo, esta medida, muito criticada pelas organizações de defesa dos direitos humanos, visava nomeadamente os militares acusados de traição.

Leia Também: Mais de 500 vítimas de violência sexual na RDCongo em menos de um ano

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