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EUA adiam manobras militares com Geórgia enquanto reveem relações
O Pentágono adiou por tempo indeterminado as manobras militares conjuntas com a Geórgia previstas para o final do mês, no âmbito de uma "revisão abrangente das relações", decisão que Tbilissi já lamentou.
© Getty Images
Mundo EUA
O Pentágono anunciou sexta-feira que adiava "indefinidamente os exercícios", previstos de 25 de julho a 06 de agosto, no âmbito da sua "revisão global das relações bilaterais com a Geórgia".
A decisão surge após o parlamento georgiano ter aprovado a controversa lei "sobre a transparência da influência estrangeira", semelhante a legislação russa e criticada pelo Ocidente.
O comando militar norte-americano afirmou que "não é apropriado realizar exercícios de tão grande escala na Geórgia neste momento, uma vez que o seu governo faz falsas declarações contra os Estados Unidos e outros países ocidentais".
De acordo com o Pentágono, Tbilissi acusou Washington e Bruxelas de exigirem que "abra uma segunda frente" contra a Ucrânia para enfraquecer a Rússia.
A Defesa norte-americana sublinhou ainda que o Governo georgiano acusou o Ocidente de promover "duas tentativas de golpe de Estado na Geórgia".
O Pentágono acrescentou que esta decisão "não foi fácil" e sublinhou que iria manter a sua cooperação com as Forças Armadas da Geórgia.
Em reação, o Ministério da Defesa da Geórgia lamentou a decisão dos EUA.
"As relações de parceria entre os dois países foram construídas ao longo das últimas décadas com base nos interesses e objetivos comuns de ambas as nações", afirmou o Ministério da Defesa da Geórgia, numa declaração em que descreveu a decisão como "lamentável".
De acordo com o Governo georgiano, "estes exercícios são úteis tanto para a Geórgia como para os Estados Unidos e todos os outros parceiros participantes, aumentando as capacidades defensivas, a compatibilidade das forças armadas e desenvolvendo as capacidades e o profissionalismo dos militares".
A Defesa acrescentou que vai prosseguir os preparativos para os exercícios multinacionais "Agile Spirit", previstos para o próximo ano.
A Presidente da Geórgia, Salome Zurabishvili, em oposição aberta ao Governo do partido Sonho Georgiano, acusou as autoridades de "pôr em perigo a parceria estratégica" com os EUA e a aproximação das forças armadas georgianas "aos padrões da NATO", necessária para a adesão da Geórgia à Aliança.
Leia Também: Biden assume responsabilidade pelo debate, mas rejeita afastar-se
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