Segundo os meios de comunicação hebraicos, no discurso de despedida o responsável pela segurança sublinhou que sentia "uma obrigação pessoal e moral de pedir desculpa a todos aqueles cujos entes queridos foram mortos, cujos filhos caíram em combate, que foram feitos reféns e regressaram, àqueles que ainda são mantidos em cativeiro pelo inimigo e a todos os que foram deslocados no seu país".
Para o responsável do Shin Bet que se ocupava sobretudo da Faixa de Gaza e da segurança das comunidades vizinhas o pedido de perdão "não atenuará o fracasso, mas ajudará a repará-lo".
A sua identidade não foi revelada, nem a do seu substituto, como acontece com todos os funcionários dos dois serviços secretos israelitas, o Shin Bet e a Mossad, dos quais só se conhecem os diretores.
A quebra na segurança israelita provocada pelo 07 de outubro teve pouco impacto nas autoridades, com apenas duas demissões de relevo nas Forças Armadas, enquanto o primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, ainda não assumiu a sua responsabilidade política, apesar dos apelos de um vasto movimento de cidadãos e da oposição para a realização de eleições antecipadas, devido a estes fracassos e à sua gestão da guerra.
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