Os disparos que atingiram e feriram na orelha o candidato presidencial republicano norte-americano durante um comício de campanha na Pensilvânia, no sábado, lembraram aos japoneses a memória ainda viva do homicídio do antigo primeiro-ministro Shinzo Abe em circunstâncias semelhantes, em julho de 2022.
O ataque contra Trump levou a Agência de Polícia do Japão a "pedir às forças policiais de todo o país que sejam extremamente vigilantes perto de locais onde se realizam comícios de campanha", disse o porta-voz do Governo, Yoshimasa Hayashi, aos jornalistas.
O Japão reforçou as medidas de segurança para as figuras públicas desde o assassínio de Abe, que apanhou a polícia de surpresa num país onde a violência armada é extremamente rara.
O homicídio levou à demissão do chefe da polícia japonesa Itaru Nakamura, que admitiu "falhas nos planos de segurança e nas avaliações de risco em que foram baseados".
Menos de um ano depois, um engenho explosivo foi lançado na direção do atual primeiro-ministro japonês, Fumio Kishida, num evento eleitoral e quando o Japão acolhia duas reuniões ministeriais do G7 (Grupo dos sete países mais industrializados do mundo).
Kishida escapou ileso, mas o atentado lembrou "o quão perigosos podem ser os locais onde se realizam discursos de responsáveis", salientou Hayashi.
No domingo, o primeiro-ministro nipónico condenou o ataque a Trump como um ato de violência intolerável que "desafia a democracia".
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