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Bombista suicida mata oito soldados no Paquistão

Oito soldados paquistaneses morreram quando um bombista suicida conduziu um veículo com explosivos contra um complexo militar numa região volátil do noroeste do Paquistão, anunciou hoje o exército.

Bombista suicida mata oito soldados no Paquistão
Notícias ao Minuto

12:05 - 16/07/24 por Lusa

Mundo Paquistão

O atentado ocorreu na cidade de Bannu, na província montanhosa de Khyber Pakhtunkhwa, que faz fronteira com o Afeganistão e é desde há muito um foco de grupos militantes islamitas.

 

O ataque ocorre algumas semanas depois de o primeiro-ministro paquistanês, Shehbaz Sharif, ter anunciado o lançamento de uma nova campanha para erradicar os grupos radicais.

O ataque teve como alvo um complexo que albergava instalações militares onde se encontravam soldados acompanhados pelas famílias, segundo as fontes citadas pela agência francesa AFP.

Inicialmente, 10 militantes tentaram entrar no complexo, de acordo com o exército paquistanês, que afirmou ter frustrado o ataque.

Durante a ação, que durou 26 horas, os militantes conduziram um "veículo carregado de explosivos contra o muro do perímetro".

A explosão matou oito elementos das forças se segurança e danificou um edifício anexo.

Os 10 assaltantes foram mortos nos confrontos que se seguiram ao ataque, segundo o exército, que não especificou o número de feridos.

Um funcionário da administração local disse à AFP, sob condição de não ser identificado, que 141 pessoas ficaram feridas depois de cinco combatentes com coletes carregados de explosivos se terem "infiltrado na zona residencial".

O ataque foi reivindicado pelo grupo Jaish-e-Mohammed (JeM), que disse num comunicado que "foram infligidos danos significativos".

O exército paquistanês acusou o grupo de "operar a partir do Afeganistão e de utilizar o solo afegão para orquestrar atos de terrorismo no Paquistão".

Os ataques aumentaram no Paquistão desde que os talibãs regressaram ao poder no Afeganistão, em agosto de 2021.

Em 2023, mais de 1.500 civis, membros das forças de segurança e militantes islamitas foram mortos no Paquistão.

Trata-se do número mais elevado dos últimos seis anos, segundo o Centro de Investigação e Estudos de Segurança, com sede em Islamabade, a capital do país asiático.

Islamabade acusa os talibãs de não terem conseguido eliminar os militantes que se refugiam em solo afegão para preparar ataques contra o Paquistão.

O governo talibã nega as acusações paquistanesas.

Leia Também: Governo do Paquistão quer interditar o partido de ex-primeiro-ministro

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