Central de Fukushima apresenta plano para extrair e tratar água
A operadora da central de Fukushima, TEPCO, indicou hoje estar em preparação um novo plano de extração de água subterrânea radioativa, perto dos edifícios dos reatores, que será descontaminada antes de ser lançada no oceano Pacífico.
© Reuters
Mundo Contaminação
Esta é uma iniciativa complementar para tentar reduzir, tanto quanto possível, as quantidades enormes de água que afluem continuamente ao subsolo das instalações.
Desde da primavera, que a Tokyo Electric Power (TEPCO) está a extrair água a montante dos edifícios, do lado da montanha, antes de ser contaminada, para limitar a quantidade que todos os dias é contaminada na central. Esta água, depois de analisada, é lançada no oceano.
Os pescadores de Fukushima concordaram com estas operações, mas demoraram um ano a aceitar a proposta.
Perante este novo plano, poderão mostrar-se mais reticentes, uma vez que se trata da extração de água contaminada em 42 poços de drenagem, ainda mais perto dos reatores.
"Penso que a maioria dos pescadores será contra este plano", declarou Kenji Nakada, responsável da associação de pescadores da prefeitura de Fukushima.
Um novo sistema de descontaminação, mais poderoso que o atual, denominado ALPS, deverá permitir extrair o essencial dos isótopos radioativos presentes na água.
Este dispositivo suplementar, financiado pelo Estado, deverá entrar em funcionamento no outono. A sua capacidade deverá, não só, acelerar o tratamento da água contaminada, mas também, resolver as várias deficiência do ALPS, com avarias permanentes.
Cerca de 400 toneladas de água subterrânea entram todos os dias nos edifícios da central, aumentando a quantidade de água contaminada, que precisa de ser recuperada e tratada. Uma tarefa quase impossível se se juntar a fuga das águas usadas no arrefecimento dos reatores.
Até aqui, a TEPCO consegue recuperar uma parte da água, que trata, mas não a deita ao mar.
Mais de mil gigantescos reservatórios cheios e não muito fiáveis foram instalados no local, um número que continua a crescer ao ritmo de várias dezenas por mês, o que é insuficiente.
O sismo de magnitude de 9,0 na escala aberta de Richter e o "tsunami" que se seguiu, a 11 de março de 2011, desencadearam o pior acidente nuclear civil desde o desastre de Chernobil, na Ucrânia, em 1986.
As emissões e fugas radioativas obrigaram à retirada de milhares de pessoas de uma zona de exclusão em redor da central, afetando severamente a agricultura, criação de gado e pesca locais.
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