Comité de supervisão da câmara baixa intima diretora do Serviço Secreto
A Comissão de Supervisão e Responsabilidade da Câmara dos Representantes (câmara baixa) dos EUA emitiu uma intimação à diretora do Serviço Secreto, Kimberly Cheatle, obrigando-a a comparecer perante o organismo na segunda-feira, para abordar o ataque contra Donald Trump.
© Anna Moneymaker/Getty Images
Mundo EUA
O presidente republicano da comissão, o congressista James Comer, tinha referido inicialmente que o Serviço Secreto se comprometeu com a sua presença, mas que responsáveis da Segurança Interna parecem ter intercedido e não houve "atualizações ou informações significativas" partilhadas com o comité.
Comer realçou que a "falta de transparência e falta de cooperação" com o comité questiona a capacidade de Cheatle para liderar o Serviço Secreto e exige a intimação, noticiou a agência Associated Press (AP).
Cheatle tinha referido que a agência compreende a importância de uma inspeção determinada pelo Presidente democrata Joe Biden e que participaria plenamente nela, bem como nos comités do Congresso que analisam o tiroteio.
"A tentativa de assassinato do ex-presidente e atual candidato republicano à presidência representa um fracasso total da missão central da agência e exige supervisão do Congresso", destacou Comer, numa carta a Cheatle.
Antes, o presidente da Câmara dos Representantes (câmara baixa), o republicano Mike Johnson, anunciou que iria criar uma 'task force' para investigar falhas de segurança que ocorreram durante a tentativa de assassinato, insistindo na demissão de Cheatle.
Mike Johnson sublinhou que a 'task force' seria composta por republicanos e democratas e que a sua formação aceleraria o processo de investigação.
"Não há muitos obstáculos processuais e teremos autoridade de intimação", garantiu.
Johnson adiantou que não recebeu respostas satisfatórias do secretário da Segurança Interna, Alejandro Mayorkas, nem dos dirigentes do FBI (polícia federal).
"Obviamente, houve falhas de segurança. Não precisa de ser um especialista em operações especiais para entender isto. E vamos chegar ao fundo disto rapidamente", garantiu.
O inspetor-geral do Departamento de Segurança Interna divulgou também hoje que abriu uma investigação sobre a forma como o Serviço Secreto lidou com a segurança de Trump no dia em que um homem armado tentou assassiná-lo no seu comício na Pensilvânia.
A breve nota no 'site' do inspetor-geral não refere a data de início da investigação.
Biden já tinha determinado uma investigação independente da segurança do comício.
O tiroteio levantou questões sobre como o atirador conseguiu subir a um telhado com uma linha de visão clara para o ex-presidente, que disse ter sido baleado na orelha.
O atirador de 20 anos, Thomas Matthew Crooks, conseguiu chegar a 135 metros do palco onde o ex-presidente republicano falava quando abriu fogo.
O ataque ocorrer apesar de uma ameaça à vida de Trump por parte do Irão, que levou a segurança adicional para o ex-presidente nos dias anteriores ao comício de sábado.
Cheatle salientou também que a sua agência está a trabalhar para compreender como aconteceu o tiroteio de sábado e para garantir que algo assim nunca mais acontece.
A agência de cerca de 7.800 funcionários é responsável pela proteção de presidentes, vice-presidentes, as suas famílias, ex-presidentes, os seus cônjuges e filhos com menos de 16 anos e alguns outros funcionários de alto nível, como o secretário de Segurança Interna.
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