EUA empenhados em levar à justiça responsáveis pelo derrube do voo MH17
Os Estados Unidos reafirmaram na quarta-feira o compromisso em levar à justiça os responsáveis pelo derrube de um avião comercial com 298 pessoas a bordo no leste da Ucrânia, atingido há dez anos por um míssil.
© Reuters
Mundo MH17
"Reafirmamos o nosso compromisso com a justiça para os passageiros do voo MH-17 cujas vidas foram interrompidas sem sentido", frisou o secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, citado numa nota de imprensa que assinalou a efeméride.
Em 2022, o Tribunal Distrital de Haia considerou três membros pró-russos no leste da Ucrânia culpados pelo seu papel no abate do avião, lembrou Blinken.
O chefe da diplomacia dos EUA lembrou que "embora este seja um passo importante, há mais trabalho pela frente para garantir que todos os responsáveis pela queda do MH17 sejam responsabilizados e que seja alcançada alguma medida de justiça para os 298 passageiros e tripulantes inocentes que perderam a vida no dia 17 de julho de 2014".
Blinken lembrou ainda que o assinalar do 10.º aniversário da tragédia ocorre "à sombra da guerra de agressão da Rússia contra a Ucrânia, que continua a impor custos brutais ao povo ucraniano".
"Os Estados Unidos continuam empenhados em responsabilizar a Rússia pelos crimes de guerra cometidos durante a guerra contra a Ucrânia e em apoiar a Ucrânia na defesa do seu território", garantiu.
Kyiv também exigiu na quarta-feira responsabilidades à Rússia pelo derrube de um avião comercial com 298 pessoas a bordo por separatistas pró-russos no leste da Ucrânia, que dispararam há dez anos um míssil contra o voo MH17 da Malaysian Airlines.
"É inevitável que a Rússia responda a esta atrocidade. Todos os culpados deste e de outros crimes russos serão sem dúvida confrontados com as sentenças que merecem", indicou o Presidente da Ucrânia Volodymyr Zelensky, na sua conta na rede social X.
O ministério dos Negócios Estrangeiros ucraniano também censurou a Rússia por não ter admitido até ao momento a sua responsabilidade pelo derrube do avião, e na sequência da condenação à revelia em 2022 pela justiça neerlandesa de dois militares russos e de um comandante das forças separatistas russófonas do leste ucraniano.
A Rússia acusou o Exército ucraniano pelo derrube do aparelho e tem-se negado a aceitar a deliberação judicial e entregar os condenados.
"Nos dez anos que ocorreram desde esse dia trágico, a Federação russa não teve a coragem de admitir a sua responsabilidade, de se desculpar perante os familiares das vítimas e dos países afetados, e de pagar indemnizações", indicou a diplomacia ucraniana em comunicado.
O ministério dirigido por Dmitro Kuleba também criticou a Rússia por ter desencadeado "uma sistemática campanha de desinformação para elidir a sua responsabilidade".
O abate do voo MH17, que tinha partido de Amsterdão rumo a Kuala Lumpur, matou as 298 pessoas a bordo.
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