Itália acusa Stoltenberg de "traição" após nomeação de novo cargo
Em causa está o facto de o líder da aliança transatlântica não ter nomeado um italiano para um novo cargo, criado a pedido da primeira-ministra de Itália.
© Antonio Masiello/Getty Images
Mundo NATO
O ministro da Defesa de Itália, Guido Crosetto, acusou o secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, de traição. Em causa está o facto de o líder da aliança transatlântica não ter nomeado um italiano para um novo cargo, responsável por coordenar as ações da NATO no flanco sul.
De acordo com a agência de notícias Reuters, o cargo foi criado no início deste mês de julho a pedido da primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni e, na altura, o governo considerou que o cargo devia ser ocupado por um cidadão italiano.
No entanto, apesar de a NATO ainda não ter anunciado quem vai ocupar o cargo, o ministro da Defesa italiano adiantou que Stoltenberg tinha nomeado um espanhol e afirmou, em entrevista ao jornal La Stampa, que considerava tratar-se de "quase uma afronta pessoal" e que tinha enviado "uma mensagem muito zangada" a Stoltenberg.
"Ele deixou-me chateado e haverá consequências a nível pessoal", disse. "Foi uma traição a um princípio. Foi a Itália que lutou para criar o papel de enviado para a frente sul".
À Reuters, o gabinete de imprensa da aliança transatlântica disse apenas que "a NATO anunciará qualquer nomeação no devido tempo".
Stoltenberg, recorde-se, está de saída do cargo de secretário-geral da NATO, sendo substituído pelo ex-primeiro-ministro dos Países Baixos, o neerlandês Mark Rutte, em outubro.
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