FBI diz que autor do atentado a Trump pesquisou assassinato a Kennedy

O diretor do FBI informou hoje os congressistas de que um computador do autor do atentado ao ex-presidente dos EUA Donald Trump incluía uma pesquisa pela distância a que estava o atirador que matou John F. Kennedy.

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© US Secret Service

Lusa
24/07/2024 18:11 ‧ 24/07/2024 por Lusa

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EUA

A pesquisa no motor de busca Google encontrada no computador portátil do atirador é uma referência a Lee Harvey Oswald, o homem que matou o antigo presidente John F. Kennedy em Dallas, a 22 de novembro de 1963.

 

A pesquisa, aparentemente feita pelo atirador Thomas Matthew Crooks, foi feita a 06 de julho, uma semana antes da tentativa de assassinato do candidato presidencial republicano Donald Trump, em Butler, na Pensilvânia, disse o diretor do FBI, Christopher Wray, numa audiência perante o Comité Judiciário da Câmara de Representantes do Congresso dos Estados Unidos.

Nesta audiência, o líder do FBI informou ainda que a sua agência recuperou um 'drone' e um controlador do carro de Crook, de 20 anos, e está a analisá-lo.

O depoimento de Wray perante o Comité Judiciário da Câmara incluiu vários pormenores sobre o atentado de 13 de julho.

Wray prometeu aos congressistas que o FBI "não deixará pedra sobre pedra" na investigação do atentado.

"Há algum tempo que digo que vivemos num ambiente de elevada ameaça e, tragicamente, a tentativa de assassinato no condado de Butler é outro exemplo -- particularmente hediondo e público -- do que tenho vindo a falar", explicou o diretor do FBI.

A audiência foi marcada muito antes do atentado de 13 de julho, como parte da supervisão de rotina do comité sobre o FBI e sobre o Departamento de Justiça.

Apesar de ter sido nomeado por Trump, Wray enfrenta normalmente questões antagónicas por parte do painel de congressistas liderado pelos republicanos - um reflexo do descontentamento persistente relativamente à investigação do FBI sobre potenciais laços entre a Rússia e a campanha republicana de 2016.

O FBI disse que está a investigar o atentado -- que também matou um participante no comício e feriu gravemente outros dois - como um ato de terrorismo doméstico e uma tentativa de assassínio.

Na semana passada, Wray já tinha informado em privado os membros do Congresso de que Crooks tinha fotografias de Trump e do presidente democrata Joe Biden no seu telemóvel e que tinha consultado as datas da Convenção Nacional Democrata, bem como das aparições de campanha de Trump.

Leia Também: "Deem-nos espaço". Pai do atirador de Trump fala pela primeira vez

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