EUA apontam participação como fundamental para oposição vencer na Venezuela
Os Estados Unidos defenderam hoje que a participação será um fator chave para a oposição vencer as presidenciais de domingo na Venezuela, eleições que para Washington representam "uma oportunidade" para que o país possa regressar à democracia.
© Pedro Rances Mattey/Anadolu via Getty Images
Mundo Venezuela
"O fator chave será a participação eleitoral. As sondagens indicam uma clara vantagem para a oposição. Esperamos que se saia bem se os seus eleitores conseguirem votar", destacou o chefe do Departamento de Estado para a América Latina, Brian Nichols, durante uma audiência no Congresso dos EUA.
Embora Nichols tenha reconhecido que existem "evidências importantes" de que o Governo de Nicolás Maduro interferiu nas eleições com detenções de opositores e desqualificação de candidatos, como a líder da oposição María Corina Machado, o diplomata considerou que as eleições são "uma oportunidade para um futuro melhor" no país.
"A restauração da democracia na Venezuela continua a estar no centro da nossa política externa. Devemos preparar-nos para o cenário em que a Venezuela regressará a um regime democrático no futuro", lembrou.
Nichols explicou ainda que os Estados Unidos estão em contacto com os seus parceiros da região para resolver a situação na Venezuela, entre os quais citou o Brasil, cujo Presidente Luiz Inácio Lula da Silva, aliado histórico de Maduro, criticou as recentes declarações do líder venezuelano, que antecipou um "banho de sangue" caso saia derrotado das eleições.
A Venezuela vai realizar no domingo eleições presidenciais em que a oposição, representada pelo candidato Edmundo González Urrutia -- figura principal da Plataforma Democrática Unitária (PUD) -- tentará acabar com a liderança chavista.
O chavismo governa este país sul-americano desde 1999 e ambiciona manter no poder o atual Presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, que ocupa a presidência desde 2013.
A audiência de hoje no Congresso foi presidida pela republicana María Elvira Salazar, que criticou a falta de interesse do governo norte-americano pela América Latina: "Joe Biden deixou claro que a América Latina não é uma prioridade. não enviou um único enviado especial para crises como a crise migratória na América Central ou as eleições na Venezuela".
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