Um menino de 10 anos assumiu o volante depois de, manhã de 15 de julho, o seu avô ter desmaiado enquanto conduzia na autoestrada, em Dalton, no estado norte-americano da Georgia.

Hugh Cox, de 68 anos, seguia a 112 quilómetros por hora e estava ao telefone com um colega quando entrou em coma diabético.

O homem, que usa um dispositivo para monitorizar os níveis de glicose no sangue, tinha contactado uma farmácia para substituir o aparelho, uma vez que tinha parado de funcionar na noite anterior ao incidente. Contudo, devido a um problema com o seguro de saúde, não foi possível, noticiou o The Washington Post.

“Não sabia o que estava a acontecer e estava com medo”, confessou o neto, Drake Linn, que estava a acompanhar o avô na recolha de um barco.

O colega de trabalho de Cox, que continuava em linha, aconselhou o menino a ligar à mãe, Jessica Linn. Esta, por sua vez, instruiu o filho a sentar-se no colo do avô, segurar o volante e encostar o veículo na berma, já que estava habituado a conduzir carrinhos de golfe e quadriciclos sob a observação de adultos.

“Estava no meio da estrada e não sabia onde estava, por isso conduzi durante um quilómetro”, disse a criança.

Depois de encostar, Drake contactou os serviços de emergência e descreveu o que tinha acontecido. “Estou muito assustado. Não quero que ele morra”, admitiu, em lágrimas.

As autoridades chegaram rapidamente ao local, assim como a mãe do menino. Cerca de 20 minutos depois de lhe ter sido administrado soro intravenoso, Cox começou a sentir-se melhor e pôde regressar a casa com a filha.

“Costumo ir sozinho buscar os barcos… Perguntei-lhe se queria ir e fomos. Ainda bem que o tinha comigo. Estou muito orgulhoso dele”, disse.

O xerife Mitch Ralston, do Gabinete do Xerife do Condado de Gordon, ficou de tal forma impressionado com a criança que, no seu 11.º aniversário, deu-lhe um prémio pela sua coragem, que foi acompanhado por um boné, uma t-shirt e quatro bilhetes para um jogo de basebol do Atlanta Braves.

“Quisemos fazer algo por ele, porque não só salvou a sua vida e a do avô, mas também a de alguns automobilistas. Este miúdo é um herói, sem dúvida”, realçou Ralston.

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