Venezuela? Qualquer ato de repressão nas eleições será "inaceitável"

A Casa Branca alertou hoje que qualquer ato de repressão política ou de violência nas eleições venezuelanas de domingo será "inaceitável" e manifestou a esperança de que os resultados reflitam a vontade do povo num "futuro mais democrático".

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© Andrew Harnik/Getty Images

Lusa
25/07/2024 23:22 ‧ 25/07/2024 por Lusa

Mundo

EUA

"Apoiamos as eleições pacíficas que esperamos que se realizem no domingo, eleições que esperamos que reflitam a vontade e as aspirações do povo venezuelano por um futuro mais democrático, estável e próspero", declarou John Kirby, porta-voz do Conselho de Segurança Nacional dos EUA.

 

Mais de 21 milhões de venezuelanos estão habilitados a votar nestas eleições presidenciais, cuja campanha eleitoral termina hoje marcada por um clima de grande tensão no país, em plena crise económica, social e política.

O atual chefe de Estado venezuelano, Nicolás Maduro, do Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV), vai concorrer pela terceira vez para mais um mandato de seis anos.

Maduro enfrenta nas urnas Edmundo Gonzalez Urrutia (do Mesa de Unidade Democrática/MUD), o candidato da oposição que a maioria das sondagens coloca na liderança, embora sejam desvalorizadas pelo partido do Presidente, alegando que são fabricadas.

Em conferência de imprensa, John Kirby alertou que qualquer "repressão política e violência é inaceitável" nas eleições e, independentemente de quem ganhe no domingo, encorajou os principais "candidatos a comprometerem-se pacificamente com os resultados e a trabalharem em conjunto para o bem de todos os venezuelanos".

"A razão pela qual mencionei isto é para deixar claro ao senhor Maduro que estamos atentos. Estamos a observar de perto. As eleições devem ser livres e justas, sem repressão, sem intimidação dos eleitores e, mais uma vez, independentemente de quem ganhar, a nossa expectativa é que o vencedor continue a proteger as instituições democráticas", afirmou o porta-voz.

Durante a campanha eleitoral, que começou em 04 de julho, cerca de uma centena de opositores foram detidos, segundo organizações de direitos humanos. Maduro e González Urrutia têm vindo a acusar-se mutuamente da preparação de alegados atos de violência.

Leia Também: Chavismo quer garantir continuidade de Maduro no poder na Venezuela

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