Ativistas contra a guerra em Gaza vandalizam palácio real em Amesterdão

Ativistas contra a ofensiva militar israelita na Faixa de Gaza vandalizaram hoje o Palácio Real em Amesterdão com tinta vermelha, que simboliza a cor do sangue, numa mensagem dirigida ao Governo neerlandês para abandonar o apoio a Israel.

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© Stefano Guidi/Getty Images

Lusa
29/07/2024 15:26 ‧ 29/07/2024 por Lusa

Mundo

Médio Oriente

Um grupo de ativistas pintou hoje de manhã a fachada do edifício com tinta vermelha e escreveu a palavra "Intifada", termo que designa as rebeliões da resistência palestiniana nos territórios ocupados, antes de os serviços de limpeza neerlandeses terem removido todos os vestígios de tinta, relataram as agências internacionais.

 

A ação foi reivindicada por um grupo de manifestantes pró-palestinianos que se opõem à guerra em Gaza, pequeno enclave palestiniano controlado pelo Hamas desde 2007.

O grupo explicou que "a tinta vermelha simboliza o sangue dos palestinianos que atualmente corre pelas ruas de Gaza" e denunciou que este "edifício inútil simboliza o sistema colonial do Estado-nação" dos Países Baixos.

Os ativistas lamentaram ainda que o Governo neerlandês - uma coligação que conta com a força política de extrema-direita de Geert Wilders - contribua para a guerra com o seu apoio a Israel, país ao qual Amesterdão aumentou o apoio político desde que tomou posse, no início deste mês.

Não é a primeira vez que ativistas contra a guerra em Gaza vandalizam um edifício em Amesterdão.

Nos últimos meses também fizeram o mesmo com edifícios de várias empresas e de museus, entre os quais o Rijksmuseum e o Museu Van Gogh.

A guerra em curso entre Israel e o Hamas foi desencadeada por um ataque sem precedentes do grupo islamita palestiniano em solo israelita, em 07 de outubro de 2023, que causou cerca de 1.200 mortos e mais de duas centenas de reféns, segundo as autoridades israelitas.

Após o ataque do Hamas, Israel desencadeou uma ofensiva em grande escala na Faixa de Gaza, que já provocou mais de 39 mil mortos, na maioria civis, e um desastre humanitário, desestabilizando toda a região do Médio Oriente.

Ao longo dos últimos nove meses, várias organizações internacionais, incluindo a ONU, têm denunciado os obstáculos impostos pelo Governo israelita liderado por Benjamin Netanyahu à entrada de ajuda humanitária para os civis que ainda permanecem em Gaza.

No dia 19 de julho, o Tribunal Internacional de Justiça (TIJ), a mais alta instância judicial da ONU, considerou que a "presença contínua" de Israel nos territórios palestinianos (incluindo Gaza) é "ilegal" e deve terminar "o mais rapidamente possível", e assegurou que as políticas de colonização "violam o direito internacional", pelo que exigiu a "retirada de todos os colonos", o "desmantelamento" do muro de separação e a devolução das terras aos seus residentes originais deslocados desde 1967.

Em paralelo, o Tribunal Penal Internacional (TPI) está avaliar a emissão de cinco mandados de detenção por crimes de guerra e crimes contra a humanidade cometidos desde 07 de outubro que visam Benjamin Netanyahu, o ministro da Defesa israelita, Yoav Gallant, e três membros da liderança política e militar do Hamas.

Leia Também: Hezbollah alerta que ataque israelita no Iémen abre "nova fase perigosa"

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