O apoio da China à Rússia, apesar de o país "não intervir diretamente" no conflito na Ucrânia, "cria fricções", admitiu Meloni, citada pela imprensa italiana, em Pequim.
Meloni afirmou que as autoridades italianas "comunicaram esta preocupação de todas as formas possíveis", de acordo com a estação de rádio e televisão italiana RAI.
"Temos sido muito claros ao levantar a questão do apoio da China à Rússia, tentando refletir em conjunto sobre os interesses de cada um de nós", afirmou.
Meloni reuniu-se na segunda-feira em Pequim com o Presidente chinês, Xi Jinping, que sublinhou que "a China trabalha sempre para a coexistência pacífica entre os povos", segundo a primeira-ministra italiana, que acrescentou esperar que "sejam dados passos nessa direção".
A primeira-ministra italiana acrescentou que espera que "sejam dados passos nessa direção" e garantiu que a China "pode desempenhar um papel de liderança" na promoção da paz global.
Desde o início do conflito na Ucrânia, a China tem mantido uma posição ambígua, durante a qual tem apelado ao respeito pela "integridade territorial de todos os países", incluindo a Ucrânia, e à atenção às "preocupações legítimas de todos os países", em referência à Rússia.
Pequim também procurou contrariar as críticas de que está a apoiar a Rússia na sua campanha na Ucrânia e apresentou um documento de posição de 12 pontos sobre a disputa em 2023, que foi recebido com ceticismo pelo Ocidente, enquanto continua a aprofundar as suas trocas com Moscovo.
Meloni disse no domingo que a sua viagem à China é uma "demonstração da vontade de iniciar uma nova fase" nas relações bilaterais e de relançar a cooperação "no ano que marca os 20 anos da parceria estratégica abrangente" entre os dois países.
A primeira-ministra italiana viajou hoje para Xangai, onde procurará atrair mais investimento chinês - por exemplo, no setor automóvel - para impulsionar o crescimento económico do seu país.
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