Os líderes drusos emitiram hoje uma declaração na qual sublinharam que "a tragédia é imensa, o impacto é doloroso e a perda é partilhada por todos os lares do Golã".
A nota acrescenta que em virtude da doutrina drusa que "proíbe o assassínio e a vingança sob qualquer forma" os dirigentes rejeitam "o derramamento de uma só gota de sangue com o pretexto" de vingança.
O foguete de artilharia explodiu num campo de futebol matando doze jovens, com idades compreendidas entre os 10 e os 16 anos, e ferindo dezenas de pessoas.
Nos Montes Golã sírios ocupados por Israel, cerca de 25 mil israelitas vivem em colonatos junto aos 23 mil cidadãos drusos, uma comunidade cuja religião deriva do Islão.
Parte da comunidade drusa afirma-se síria mas com estatuto de residente em Israel.
Os habitantes de Majdal Shams, que são maioritariamente drusos, conservaram a nacionalidade síria depois da invasão de Israel em 1967 e da anexação formal do território em 1981.
O ataque de sábado passado causou comoção na cidade de onze mil habitantes, perto da fronteira libanesa, onde muitos manifestaram preocupação.
Os Montes Golã são considerados pelas Nações Unidas como território ocupado.
Na segunda-feira, durante uma visita ao local do ataque, o primeiro-ministro israelita Benjamin Netanyahu prometeu uma "resposta severa" ao ataque com foguete de artilharia, que Israel afirma ter sido disparado do Líbano pelo movimento Hezbollah (Partido de Deus), apoiado pelo Irão.
O Hezbollah negou a autoria do ataque.
Desde o início da guerra na Faixa de Gaza, em outubro de 2023, entre Israel e o movimento Hamas, as trocas de tiros de artilharia entre o Hezbollah libanês e o Exército israelita têm sido constantes.
O Hezbollah afirma estar a atacar Israel para apoiar o Hamas e os palestinianos no enclave.
De acordo com as autoridades israelitas, 22 soldados e 24 civis foram mortos por disparos do Hezbollah desde 07 de outubro do ano passado, dia em que o Hamas atacou o território israelita provocando a morte a 1.200 pessoas.
A resposta de Israel contra o Hamas em Gaza fez até ao momento mais de 39 mil mortos.
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