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Governo libanês condena ataque israelita e admite resposta

O primeiro-ministro libanês classificou hoje o ataque de Israel a sul de Beirute, que teve como alvo um comandante do Hezbollah, como uma "agressão flagrante", reclamando o "direito de tomar medidas" contra a "hostilidade israelita".

Governo libanês condena ataque israelita e admite resposta
Notícias ao Minuto

20:38 - 30/07/24 por Lusa

Mundo Líbano

Najib Mikati denunciou, em comunicado, um "ato criminoso" e apelou "à comunidade internacional para que assuma as suas responsabilidades e pressione Israel para parar as suas agressões e ameaças e implementar resoluções internacionais".

 

Pelo menos uma mulher morreu e várias outras pessoas ficaram feridas, algumas em estado crítico, num ataque lançado hoje por Israel a sul de Beirute, Líbano, contra um comandante do Hezbollah, segundo a Agência Nacional de Notícias (ANN) libanesa.

Fonte do Hezbollah adiantou à agência France-Presse (AFP) que Fouad Chokr, comandante militar alvo do ataque israelita, sobreviveu ao ataque, que foi confirmado por Telavive como resposta a um bombardeamento do movimento xiita sábado nos montes Golã sírios anexados, que custou a vida a 12 crianças.

O Governo norte-americano defendeu hoje que uma guerra aberta entre Israel e o grupo xiita libanês Hezbollah "ainda pode ser evitada".

A porta-voz presidencial, Karine Jean-Pierre, frisou em declarações aos jornalistas que não tinha comentários imediatos sobre o bombardeamento de Israel à capital do Líbano porque este tinha acabado de ocorrer, e repetiu o apelo de Washington contra um conflito em grande escala.

Já o movimento islamista palestiniano Hamas condenou, em comunicado, a "brutal agressão sionista" contra Beirute.

"Esta é uma escalada perigosa pela qual a ocupação nazi-sionista é totalmente responsável", afirmou o Hamas, que a 07 de Outubro levou a cabo um ataque em Israel, que fez 1.200 mortos e 250 raptados, o que levou à atual guerra na Faixa de Gaza, onde morreram 39.400 pessoas.

Também os rebeldes Huthis do Iémen condenaram o ataque de Israel aos subúrbios do sul de Beirute, manifestando apoio ao Hezbollah.

"Condenamos e denunciamos nos termos mais fortes a agressão sionista contra civis e instalações civis, que foi premeditada e deliberada, em violação de todas as convenções internacionais e em violação flagrante da soberania [do Líbano] e do direito internacional", destacou o gabinete político dos Huthis, em comunicado.

O membro do gabinete político dos Huthis, Mohamed Ali al Huti, descreveu, através das redes sociais, o ataque israelita em Beirute como terrorista e insistiu que a determinação do Hezbollah "não será enfraquecida pelos crimes de um inimigo trémulo".

Israel prometeu responder duramente ao ataque provocado pelo impacto de um 'rocket' contra um campo de futebol onde brincavam crianças e adolescentes, matando doze, todos entre os 10 e os 16 anos.

Esta manhã, Israel tinha atacado já 10 alvos do Hezbollah em várias regiões do Líbano, matando outro combatente do grupo; enquanto a milícia xiita lançou várias rajadas de 'rockets' em direção ao norte, matando um civil israelita.

A fronteira entre Israel e o Líbano tem vivido desde outubro uma intensa troca de tiros, que custou a vida a mais de 560 pessoas, a maioria do lado libanês e nas fileiras do Hezbollah, que confirmou cerca de 355 vítimas, algumas na Síria, além de cem civis.

Em Israel, morreram 46 pessoas no norte: 22 militares (cinco em acidentes operacionais) e 25 civis, incluindo 12 crianças e adolescentes no ataque de Majdal Shams e outro hoje.

[Notícia atualizada às 21h57]

Leia Também: Explosão na capital libanesa: Hezbollah "pisou a linha" e Israel retaliou

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