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"Crime hediondo" do líder do Hamas incita a mais violência. Que se segue?

Ismail Haniyeh foi assassinado esta madrugada num ataque israelita no Irão. A morte já levou a várias reações, que acautelaram uma possível escalada de violência e o comprometimento das conversações de paz entre Israel e o Hamas.

"Crime hediondo" do líder do Hamas incita a mais violência. Que se segue?

O líder político do Hamas, Ismail Haniyeh, foi assassinado, na madrugada desta quarta-feira, num ataque em Teerão atribuído a Israel, onde se encontrava numa visita oficial na posse do novo presidente do Irão.

 

O anúncio da morte de Haniyeh foi feito pelos Guardas da Revolução iranianos na televisão estatal do país, com o Hamas a reagir, em comunicado, dizendo que o seu líder "morreu em resultado de um ataque traiçoeiro sionista" e que esta morte "não vai ficar impune".

O filho Abdul Salam garantiu, citado pela agência noticiosa iraniana Mehr, que a resistência do movimento islamita não vai terminar com o "assassinato dos seus líderes", salientando que se encontram "numa revolução e numa batalha contínua contra o inimigo".

Sem dar quaisquer detalhes, assinalou ainda que o "desejo" do seu pai "foi realizado".

"Crime hediondo", "crueldade" e "inaceitável". As reações à morte de Haniyeh

O líder da Autoridade Palestiniana (ANP), Mahmud Abbas, que governa partes da Cisjordânia ocupada, "condenou veementemente o assassínio do líder do Hamas e considerou-o "um ato cobarde e um acontecimento perigoso", informou a agência de notícias oficial palestiniana Wafa. Além disso, "apelou às massas e às forças do povo palestiniano para a unidade, a paciência e a firmeza face à ocupação israelita".

O grupo xiita libanês Hezbollah condenou o assassinato do seu aliado palestiniano e garantiu que esta morte aumentará a "determinação e obstinação dos combatentes em todos os campos de resistência" contra Israel.

Hezbollah condena assassinato de Ismail Haniyeh e promete luta

Hezbollah condena assassinato de Ismail Haniyeh e promete luta

O grupo xiita libanês Hezbollah condenou hoje o assassinato, em Teerão, do líder político do seu aliado palestiniano Hamas, Ismail Haniyeh, e garantiu que esta morte aumentará a "determinação" de quem luta contra Israel.

Lusa | 09:15 - 31/07/2024

O primeiro-ministro do Qatar, Mohamed Abdulrahman al-Thani, lamentou que a morte de Haniyeh comprometa as conversações de paz.

"O assassínio por motivos políticos e as mortes de civis em Gaza levam-nos a perguntar como é que a mediação pode ser bem-sucedida se um lado assassina o negociador do outro lado. A paz precisa de atores sérios e de uma forte oposição a qualquer posição que vá contra a vida humana", afirmou o líder numa mensagem nas redes sociais. 

Anteriormente, o Ministério dos Negócios Estrangeiros do país já tinha considerado que se tratou de um "crime hediondo", que constituía uma "violação flagrante do direito internacional".

Qatar questiona negociações entre Israel e o Hamas após morte de Haniyeh

Qatar questiona negociações entre Israel e o Hamas após morte de Haniyeh

O primeiro-ministro do Qatar, Mohammed ben Abdelrahmane Al-Thani, questionou hoje se a mediação entre Israel e o Hamas deve continuar após o assassinato do líder do movimento palestiniano, Ismail Haniyeh, morto em Teerão num ataque atribuído a Israel.

Lusa | 10:56 - 31/07/2024

O porta-voz da diplomacia da China, Lin Jian, manifestou-se "muito preocupado" com o incidente. "Opomo-nos vigorosamente e condenamos este assassínio", declarou durante uma conferência de imprensa.

China e Qatar condenam assassínio do líder do Hamas no Irão

China e Qatar condenam assassínio do líder do Hamas no Irão

A China e o Qatar condenaram hoje o assassínio do líder político do grupo islamita palestiniano Hamas, Ismail Haniyeh, que foi morto num ataque em Teerão, no Irão, na terça-feira à noite.

Lusa | 09:40 - 31/07/2024

O presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, afirmou que "a barbárie sionista não atingirá os seus objetivos" e disse que o que aconteceu "não acabará com a vontade palestiniana". "É crueldade e procura pôr fim à causa palestiniana, à nobre resistência em Gaza. É uma crueldade e pretende acabar com a causa palestiniana, com a nobre resistência de Gaza, intimidá-la", lamentou.

A estes países juntaram-se outros atores internacionais, como o Egito, a Jordânia, o Líbano, a Síria, o Iraque, o Paquistão e a Rússia, que também classificaram o ataque como "inaceitável" e que "conduzirá a uma escalada de tensão".

Médio Oriente condena morte de Haniyeh e alerta para conflito alargado

Médio Oriente condena morte de Haniyeh e alerta para conflito alargado

Vários países do Médio Oriente condenaram hoje o que consideraram um assassínio "desprezível" do líder do Movimento de Resistência Islâmica (Hamas), Ismail Haniyeh, que se encontrava de visita ao Irão e alertaram para a possibilidade de o conflito se alastrar.

Lusa | 13:29 - 31/07/2024

Na sequência do assassinato de Haniyeh, os movimentos palestinianos da Cisjordânia ocupada apelaram a "uma greve geral" e "marchas de protesto" nos territórios palestinianos contra o assassinato do "grande líder nacional".

A diplomacia da União Europeia (UE) disse estar a seguir "atentamente" as notícias sobre a morte de Haniyeh, em Teerão.

"A UE tem uma posição de princípio de rejeição das execuções extrajudiciais e de apoio ao Estado de direito, incluindo a justiça penal internacional", disse o porta-voz europeu para os Assuntos Externos e a Política de Segurança, Peter Stano.

UE segue

UE segue "atentamente" notícias sobre morte de líder do Hamas

A diplomacia da União Europeia (UE) disse hoje estar a seguir "atentamente" as notícias sobre a morte do líder político do Hamas, Ismail Haniyeh, em Teerão, frisando ser contra "execuções extrajudiciais", mas antes a favor da "justiça penal internacional".

Lusa | 14:56 - 31/07/2024

Após assassinato de líder do Hamas, o que pode acontecer?

O líder supremo do Irão, Ali Khamenei, ameaçou "castigar" Israel pela morte de Ismail Haniyeh. "Com este ato criminoso e terrorista, o regime sionista [Israel] preparou o terreno para um duro castigo e consideramos que é nosso dever vingar o assassinato em território da República Islâmica do Irão", declarou Khamenei em comunicado citado pela agência de notícias IRNA. 

Pouco antes, o presidente iraniano, Massoud Pezeshkian, acusava diretamente Israel pelo crime e prometeu fazer com que o país "se arrependa" de um ato que considerou "cobarde".

 Líder supremo do Irão ameaça castigar Israel pela morte de Haniyeh

Líder supremo do Irão ameaça castigar Israel pela morte de Haniyeh

O líder supremo do Irão, Ali Khamenei, ameaçou "castigar" Israel pela morte do líder da ala política do Hamas, Ismail Haniyeh, vítima de um ataque durante a madrugada na casa onde se encontrava em Teerão. 

Lusa | 09:43 - 31/07/2024

Neste sentido, o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, convocou para hoje uma reunião do gabinete de segurança para analisar as possíveis ameaças que podem daí advir.

Primeiro-ministro israelita convoca reunião após morte de líder do Hamas

Primeiro-ministro israelita convoca reunião após morte de líder do Hamas

O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, convocou para hoje uma reunião do gabinete de segurança para analisar as possíveis ameaças após a morte do líder político do Hamas em Teerão, num ataque que o grupo islamita palestiniano atribuiu a Israel.

Lusa | 13:45 - 31/07/2024

Perante os últimos acontecimentos, o ministro da Defesa israelita, Yoav Gallant, afirmou, por sua vez, que Israel "não quer uma guerra, mas está a preparar-se para qualquer possibilidade".

Além disso, governantes israelitas expressaram a sua satisfação com o sucedido, declarando que o mundo está "um pouco melhor" agora que Haniyeh morreu.

Haniyeh vai ser sepultado em Doha na sexta-feira

A cerimónia fúnebre "oficial e pública" terá lugar na quinta-feira em Teerão e o corpo será transportado para Doha, onde o "mártir" será sepultado no dia seguinte, na presença de representantes das fações palestinianas, bem como de dirigentes árabes e muçulmanos, informou o Hamas através de um comunicado.

Líder do Hamas sepultado sexta-feira em Doha, após cerimónia em Teerão

Líder do Hamas sepultado sexta-feira em Doha, após cerimónia em Teerão

O líder político do Hamas, Ismail Haniyeh, morto hoje num ataque em Teerão atribuído a Israel, será sepultado em Doha, no Qatar, na sexta-feira, um dia depois de uma cerimónia fúnebre oficial na capital iraniana, anunciou o movimento palestiniano.

 Lusa | 12:42 - 31/07/2024

De recordar que Haniyeh nasceu no campo de refugiados de Al-Shati, na Faixa de Gaza ocupada pelo Egito em 1962 e estudou na Universidade Islâmica de Gaza, onde se envolveu pela primeira vez com o Hamas.

Foi escolhido para dirigir um gabinete do Hamas em 1997 e em 2006 liderava a lista do movimento que venceu as eleições legislativas palestinianas, transformando-se no primeiro-ministro de um governo de unidade com o Fatah de Mahmud Abbas.

Leia Também: Quem era Ismail Haniyeh, o líder do Hamas morto hoje no Irão?

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