Presumível casal de espiões russo condenado e expulso da Eslovénia
Um casal de alegados espiões russos, detido em 2022 na Eslovénia, foi hoje condenado pela justiça eslovena a mais de um ano e meio de prisão, anunciou um tribunal de Ljubljana, que ordenou igualmente a sua expulsão daquele país.
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Mundo Eslovénia
"Os acusados, que se apresentaram sob os nomes de Ludwig Gisch e Maria Rosa Mayer Munos declararam-se culpados durante uma audição" e foram condenados a uma pena de prisão por "espionagem e falsificação de documentos", segundo um comunicado da instância judicial.
Este caso surge num momento de diversas conjeturas sobre uma possível troca de prisioneiros entre a Rússia e vários países estrangeiros.
Segundo o 'site' noticioso N1, que citou fontes anónimas, os dois cidadãos russos deverão estar incluídos nesta eventual troca, aguardada "nas próximas horas entre a Rússia, Estados Unidos, Alemanha e Bielorrússia".
Estes dois presumíveis agentes dos serviços secretos externos russos (SVR) chegaram à Eslovénia em 2017 com passaportes argentinos e viviam na capital do país, Ljubljana, antes da sua detenção em dezembro de 2022.
Para ocultar a sua alegada atividade, a mulher criou uma galeria de arte 'online', enquanto o marido geria uma sociedade de serviços informáticos.
Segundo informações fornecidas pelos 'media' eslovenos, têm cerca de 40 anos e dois filhos.
Nos últimos dias, pelo menos cinco opositores russos, bem como um russo-alemão condenado por traição e um ativista que "cooperou com a Ucrânia", todos detidos na Rússia, foram transferidos para destinos desconhecidos, segundo indicaram as respetivas famílias e diversas organizações não-governamentais (ONG).
Esta situação insólita originou rumores sobre uma possível e iminente troca de prisioneiros que envolva designadamente opositores russos e norte-americanos detidos na Rússia.
Washington e Moscovo reconheceram que discutiam ativamente uma troca relacionada com o jornalista norte-americano Evan Gershkovich, condenado recentemente na Rússia a 16 anos de prisão por espionagem.
O Presidente russo, Vladimir Putin, admitiu que poderia servir de "moeda de troca" no caso de Vadim Krassikov, detido na Alemanha por um assassinato atribuído aos serviços secretos russos.
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