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Biden condena "julgamentos-espetáculo" de norte-americanos na Rússia

O Presidente dos EUA, Joe Biden, condenou hoje os "julgamentos-espetáculo" na Rússia que levaram à condenação do jornalista norte-americano Evan Gershkovich, hoje libertado numa troca de prisioneiros.

Biden condena "julgamentos-espetáculo" de norte-americanos na Rússia
Notícias ao Minuto

18:39 - 01/08/24 por Lusa

Mundo EUA

"As autoridades russas prenderam-nos e, em julgamentos-espetáculo, condenaram-nos a longas penas de prisão sem qualquer razão legítima", disse Biden, num discurso, referindo-se aos três cidadãos norte-americanos libertados na operação de troca de prisioneiros entre Moscovo e o Ocidente.

 

Uma operação de troca de prisioneiros entre a Rússia e vários países ocidentais permitiu a libertação de 26 pessoas, incluindo o jornalista norte-americano Evan Gershkovich, condenado em Moscovo, e o ex-fuzileiro dos EUA Paul Whelan.

Ao abrigo deste acordo, e segundo Washington, um total de 16 pessoas foram libertadas das cadeias russas.

A troca é já considerada como a maior entre Moscovo e capitais ocidentais na era pós-soviética.

Durante o discurso na Casa Branca o presidente dos EUA classificou a libertação como um "alívio incrível" para as famílias e um feito da diplomacia.

Biden disse que o trabalho para trazer para casa os detidos injustamente começou durante a sua transição para a presidência.

E disse que o seu governo trouxe para casa 70 norte-americanos, "muitos [detidos] antes de assumir o cargo" na Casa Branca.

Biden deu ainda crédito aos aliados dos EUA pela troca de prisioneiros, dizendo que é "um exemplo poderoso de porque é vital ter amigos neste mundo".

E também reconheceu que estas trocas de prisioneiros "acarretam decisões difíceis".

O chefe de Estado norte-americano disse ter um grande sentimento de gratidão para com o chanceler alemão, Olaf Scholz, explicando que o acordo exigiu "concessões sérias da Alemanha".

Biden e a vice-presidente norte-americana, Kamala Harris, vão juntar-se às famílias de Paul Whelan, Alsu Kurmasheva e Evan Gershkovich na Base Conjunta Andrews, nos arredores de Washington, para esta noite os receber de volta ao solo dos EUA, adiantou o conselheiro de segurança nacional, Jake Sullivan.

Vladimir Kara-Murza, que também foi libertado da Rússia na troca, regressará à Alemanha, mas disse hoje a Biden por telefone que espera visitar os EUA em breve.

Durante o seu discurso na Casa Branca, Biden reagiu às frequentes afirmações do ex-Presidente Donald Trump de que poderia fazer com que a Rússia libertasse os norte-americanos presos.

Quando questionado sobre a afirmação de Trump, Biden respondeu: "Porque é que ele não fez isso quando era Presidente?"

Mas a maioria dos ocidentais libertados foram detidos durante a presidência de Biden, embora o consultor de segurança empresarial Paul Whelan estivesse sob custódia desde 2018, quando Trump estava em funções.

Antes do acordo, Trump disse que Gershkovich, que foi detido em 2023 durante a presidência de Biden, "seria libertado quase imediatamente após as eleições".

Biden convidou familiares dos norte-americanos detidos para a Sala Oval na Casa Branca, quando os EUA receberam a notícia de que os prisioneiros tinham sido trocados na Turquia, contou ainda Jake Sullivan.

"[Biden] Deu diretamente a notícia de que a troca foi concluída", apontou.

Biden fez então duas chamadas, uma para os norte-americanos Gershkovich, Kurmasheva e Whelan e a outra para Kara-Murza, cidadão russo e britânico.

Cada um dos membros da família pôde conversar com os seus familiares, garantiu Sullivan.

[Notícia atualizada às 20h21]

Leia Também: EUA saúdam troca de prisioneiros com Rússia como um "feito diplomático"

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