"Estamos determinados a continuar a lutar até mudarmos radicalmente a situação de segurança no norte e podermos trazer os residentes de volta a casa com um sentimento de segurança", disse o major-general Rafi Milo.
Mais de 60.000 israelitas das comunidades do norte foram retirados desde outubro, quando o Hezbollah começou a disparar foguetes e obuses "em solidariedade com as milícias palestinianas em Gaza", ao que Israel respondeu com fortes bombardeamentos que custaram a vida a mais de 540 libaneses - na sua maioria combatentes do grupo xiita - e 47 israelitas, 25 dos quais civis.
"Nos últimos dias, as Forças de Defesa de Israel (FDI) e o comando da frente interna reforçaram significativamente o seu grau de preparação, em estreita cooperação com as autoridades locais e todas as unidades militares", afirmou Milo.
Israel está em "alerta máximo", antecipando um eventual ataque do Irão ou do Hezbollah, que prometeram retaliar após os assassínios esta semana, com oito horas de diferença, do líder político do Hamas, Ismail Haniyeh, em Teerão, e do chefe militar do grupo libanês, Fuad Shukr, em Beirute.
"Discutimos em profundidade a avaliação da situação atual, os riscos e os preparativos em curso", declarou Milo, após uma reunião com a equipa de comando interna.
A reunião centrou-se na forma de reforçar a preparação para vários cenários operacionais - uma vez que Israel espera um ataque de várias frentes por parte do Irão e dos seus aliados na região - com ênfase na comunicação com o setor civil e na preparação da população para lidar com situações de emergência.
Até agora, a tensão com o Líbano era gerida pelo comando do norte, estacionado ao longo de toda a fronteira, que tinha a tarefa de repelir e responder aos ataques do Hezbollah, mas o facto de o exército ter ativado o comando da frente interna implica uma maior avaliação do risco para Israel como um todo e a necessidade de reformar a estratégia de defesa e proteção civil.
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