Fortes explosões ouvidas em Kyiv após alerta aéreo

Várias explosões fortes foram ouvidas hoje à noite no centro e leste de Kyiv, depois de ter sido acionado um alerta aéreo na capital ucraniana, adiantou a agência France-Presse (AFP).

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© ANATOLII STEPANOV/AFP via Getty Images

Lusa
05/08/2024 21:58 ‧ 05/08/2024 por Lusa

Mundo

Ucrânia

"As defesas antiaéreas estão em ação em Kyiv. Fiquem em abrigos", referiu o presidente da câmara da capital ucraniana, Vitali Klitschko, na rede social Telegram.

 

Um jornalista da AFP ouviu cinco fortes explosões no bairro de Pozniaky, no leste da cidade.

As explosões ocorreram pouco depois das 23:00 (21:00 em Lisboa), ainda de acordo com a AFP.

Kiev foi alvo de vários ataques aéreos nas últimas semanas, incluindo um ataque com mísseis russos que atingiu um hospital pediátrico em julho.

Na quarta-feira, a Rússia disparou 89 'drones' contra a Ucrânia, mais de 40 dos quais foram abatidos sobre a capital e arredores.

Também hoje o Exército russo o aeródromo de Martinivka na região de Mykolaiv (sul da Ucrânia) preparado para receber os caças F-16 de fabrico norte-americano, indicou Serguei Lebedev, coordenador da resistência pró-russa na retaguarda ucraniana.

O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, anunciou no domingo a chegada à Ucrânia dos primeiros aviões de combate F-16 fornecidos por países ocidentais.

Estes aviões de guerra chegaram um ano após os Estados Unidos terem autorizado os seus aliados europeus a efetuarem a entrega.

A Rússia advertiu que a chegada dos F-16 à Ucrânia "não influirá na dinâmica" da guerra e que "não existe nenhuma pílula mágica nem nenhum remédio" que altere o desfecho do conflito.

A ofensiva militar russa no território ucraniano, lançada a 24 de fevereiro de 2022, mergulhou a Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

A Ucrânia tem contado com ajuda financeira e em armamento dos aliados ocidentais, que também têm decretado sanções contra setores-chave da economia russa para tentar diminuir a capacidade de Moscovo de financiar o esforço de guerra.

Os últimos meses foram marcados por ataques aéreos em grande escala da Rússia contra cidades e infraestruturas ucranianas, ao passo que as forças de Kiev têm visado alvos em território russo próximos da fronteira e na península da Crimeia, ilegalmente anexada em 2014.

Já no terceiro ano de guerra, as forças armadas ucranianas têm-se confrontado com falta de soldados e de armamento e munições, apesar das reiteradas promessas de ajuda dos aliados ocidentais, que começaram entretanto a concretizar-se.

[Notícia atualizada às 22h38]

Leia Também: Kyiv relata avanço russo na frente leste com dezenas de ataques

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