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Blinken insta a que se "quebre ciclo" de violência no Médio Oriente

O chefe da diplomacia norte-americana instou hoje todos os protagonistas dos conflitos no Médio Oriente a "quebrarem o ciclo" de violência, com um cessar-fogo na Faixa de Gaza entre Israel e o Hamas.

Blinken insta a que se  "quebre ciclo" de violência no Médio Oriente
Notícias ao Minuto

23:29 - 05/08/24 por Lusa

Mundo Médio Oriente

O secretário de Estado, Antony Blinken, garantiu que os Estados Unidos estão a fazer tudo para evitar o risco de confronto militar entre o Irão e Israel, desde o assassínio do líder do movimento palestiniano Hamas, Ismail Haniyeh, atribuído às forças israelitas.

 

"A escalada não é do interesse de ninguém. Só pode levar a mais conflitos, violência e insegurança. É por isso crucial que quebremos este ciclo conseguindo um cessar-fogo em Gaza", apelou Blinken, em declarações aos jornalistas.

Blinken assegurou que os Estados Unidos estão "imersos numa intensa atividade diplomática 24 horas por dia com uma mensagem muito simples: todas as partes no conflito devem evitar a escalada".

O chefe da diplomacia dos EUA telefonou hoje ao primeiro-ministro do Qatar, Abdulrahman bin Jassim Al Thani, e ao ministro dos Negócios Estrangeiros egípcio, Badr Abdelatty, com o objetivo de gerar pressão diplomática de última hora para dissuadir um ataque.

As duas chamadas juntam-se às que o secretário de Estado tem mantido nos últimos dias com vários atores internacionais, incluindo os líderes do G7, com quem falou no domingo.

Também o Presidente norte-americano, Joe Biden, apelou hoje ao rei da Jordânia Abdullah II para coordenar os esforços para "reduzir as tensões" no Médio Oriente.

"Ambos os líderes discutiram os seus esforços para reduzir as tensões regionais, incluindo a procura de um acordo de cessar-fogo imediato e a libertação dos reféns [em Gaza]", detalhou a Casa Branca, em comunicado.

Biden, que se reuniu hoje com uma equipa de Segurança Nacional na sala de crise da Casa Branca, agradeceu a Abdullah II a sua amizade e sublinhou que os Estados Unidos consideram a Jordânia um parceiro e um principal aliado para promover a paz e a segurança no Médio Oriente.

Já o porta-voz do Departamento de Estado, Matthew Miller, frisou hoje que "é importante que todas as partes tomem medidas nos próximos dias para evitar a escalada e acalmar as tensões. A escalada não beneficia ninguém".

Miller não confirmou se os Estados Unidos têm informações de que o ataque iraniano poderá ocorrer nas próximas 24 horas e limitou-se a dizer que tal agressão não deveria ocorrer.

Tanto o Irão como o seu aliado libanês, o Hezbollah, prometeram responder aos assassinatos atribuídos a Israel do líder político do Hamas, Ismail Haniyeh, em Teerão, e o comandante militar do Hezbollah, Fuad Shukr, num atentado bombista em Beirute, que foi reconhecido pelo Governo de Telavive.

O Irão, inimigo de Israel, mantém uma aliança informal com o Hamas, um grupo islamita palestiniano que controla a Faixa de Gaza, e com o Hezbollah, um grupo xiita libanês que opera no Líbano.

O ataque do Hamas, no poder em Gaza desde 2007, contra Israel, a 07 de outubro causou a morte de mais de 1.200 pessoas e 250 reféns, segundo as autoridades israelitas.

Em resposta, Israel lançou uma ofensiva em Gaza que causou, até à data, mais de 39.600 mortos, segundo dados do Ministério da Saúde do governo de Gaza, liderado pelo Hamas.

Leia Também: Várias explosões ouvidas no Irão. Autoridades falam em exercício

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