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Rússia expulsa funcionário diplomático moldavo após sanção de Chisinau

As autoridades russas convocaram hoje o embaixador da Moldova em Moscovo para o informar da decisão de declarar 'persona non grata' um funcionário da missão diplomática como retaliação à mesma sanção aplicada na semana passada por Chisinau.

Rússia expulsa funcionário diplomático moldavo após sanção de Chisinau
Notícias ao Minuto

16:23 - 06/08/24 por Lusa

Mundo Rússia/Ucrânia

O Ministério das Relações Exteriores da Rússia transmitiu a Alexandru Chetraru um "forte protesto em relação às medidas hostis levadas a cabo por funcionários de Chisinau em relação à Rússia", de acordo com um comunicado da diplomacia russa.

 

A medida surge depois de, em meados da semana passada, o Governo da Moldova ter declarado um funcionário da embaixada russa como 'persona non grata', alegando ter "evidências" sobre alegadas atividades "incompatíveis com o seu estatuto diplomático".

Na sequência desta medida, o embaixador russo em Chisinau, Oleg Vasnetsov, acusou as autoridades moldovas de "desmantelar as relações bilaterais com Moscovo" e alertou que a Rússia tomaria "medidas retaliatórias", como aconteceu.

A 01 deste mês, as autoridades da Moldova anunciaram a expulsão de um diplomata russo, depois de dois funcionários moldavos terem sido detidos por suspeita de traição e conspiração contra o país candidato à União Europeia (UE).

Um dos funcionários moldavos é suspeito de traição por alegadamente ter recolhido e fornecido informações a um funcionário de uma embaixada que poderiam ser utilizadas contra os interesses da Moldova, indicou o gabinete do procurador para o combate ao crime organizado e casos especiais.

O outro é acusado de conspirar contra o país para benefício pessoal.

Um dos suspeitos trabalha no parlamento e o outro na polícia de fronteira.

Ambos foram detidos durante 72 horas e estavam alegadamente a colaborar com uma embaixada estrangeira na capital da Moldova, Chisinau. 

No mesmo dia, o Ministério dos Negócios Estrangeiros moldovo disse ter convocado o embaixador da Rússia, Oleg Vasnetsov, para o informar de que um funcionário da embaixada, não identificado, era um "colaborador" que foi declarado 'persona non grata' e deve deixar o país.

Segundo o ministério, foram obtidas informações e provas "que atestam a realização no território da República da Moldova (...) de atividades incompatíveis com o estatuto diplomático".

Este é o mais recente conflito diplomático a afetar os laços cada vez mais tensos entre a Rússia e a Moldova, cujo governo pró-ocidental se opôs firmemente à guerra em grande escala da Rússia na vizinha Ucrânia.

Em março deste ano, Chisinau expulsou outro diplomata russo depois de o Kremlin (presidência russa) ter aberto seis mesas de voto na região separatista pró-Rússia da Moldova, a Transnístria, para as eleições presidenciais, contra a vontade das autoridades moldavas.

A Rússia tinha anteriormente concordado em abrir apenas uma mesa de voto na sua embaixada em Chisinau.

As autoridades moldavas acusaram repetidamente a Rússia de conduzir uma "guerra híbrida" contra o seu país, financiando protestos antigovernamentais, interferindo nas eleições locais e realizando vastas campanhas de desinformação para tentar derrubar o governo e fazer descarrilar o país do seu caminho para a plena adesão à UE.

A Moldova deverá realizar um referendo sobre a adesão à UE e eleições presidenciais no próximo outono.

Em meados de dezembro de 2023, o Conselho Europeu decidiu abrir negociações formais de adesão à UE com a Moldova, mas também com a Ucrânia.

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