Os Huthis não reivindicaram imediatamente o ataque, embora este se siga a uma campanha de meses dos rebeldes que visa o transporte marítimo através do corredor do Mar Vermelho, devido à guerra de Israel contra o movimento islamita palestiniano Hamas na Faixa de Gaza.

Após uma recente pausa de duas semanas, os ataques foram retomados após o assassínio do líder do Hamas, Ismail Haniyeh, no Irão, o principal apoiante dos Huthis, e perante receios renovados sobre a possibilidade de a guerra se transformar num conflito regional.

O ataque foi executado através uma granada propulsada por um 'rocket' que explodiu perto do navio, de acordo com a unidade de Operações Marítimas Comerciais da Marinha Britânica (UKMTO).

Duas embarcações mais pequenas, com homens a bordo a usar impermeáveis brancos e amarelos, lançaram o projétil, referiu a mesma fonte.

"O navio e a tripulação estão em segurança e o navio está a dirigir-se para o próximo porto de escala", acrescentou.

Os Huthis por vezes demoram horas ou até dias a reconhecer os seus ataques, enquanto reivindicam outros que aparentemente não aconteceram.

Os rebeldes atacaram mais de 70 navios com mísseis e 'drones' numa campanha que já causou quatro mortes. Desde então, apreenderam um navio e afundaram dois.

Outros mísseis e 'drones' foram intercetados por uma coligação liderada pelos EUA no mar Vermelho ou abatidos antes de atingirem os seus alvos.

Os rebeldes afirmam que os seus ataques têm como alvo navios ligados a Israel, aos Estados Unidos ou Reino Unido, como parte de um esforço que visa o fim da guerra entre Israel e o Hamas.

Desde novembro, os ataques interromperam o fluxo de mercadorias de 1.000 milhões de dólares que passa anualmente pela região, ao mesmo tempo que desencadearam o combate mais intenso que a Marinha dos EUA já registou desde a Segunda Guerra Mundial.

Os Huthis também lançaram 'drones' e mísseis contra Israel, incluindo um ataque a 19 de julho que matou uma pessoa e feriu outras dez em Telavive.

Israel respondeu no dia seguinte com ataques aéreos na cidade portuária de Hodeida, controlada pelos Huthis, que atingiram depósitos de combustível e centrais elétricas, matando e ferindo várias pessoas, de acordo com os rebeldes.

Entretanto, chegaram hoje ao Médio Oriente caças F-22 Raptor da Força Aérea dos EUA, desde uma base no Reino Unido, adiantaram as autoridades norte-americanas.

O Comando Central dos EUA publicou imagens 'online' dos caças, referindo que a sua presença na região pretende "enfrentar as ameaças representadas pelo Irão e por grupos apoiados pelo Irão".

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