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Países árabes condenam ataque israelita contra escola em Gaza

O Egito, a Jordânia e a Arábia Saudita condenaram hoje o bombardeamento israelita contra a escola Al Tabaín, na cidade de Gaza, no qual mais de 100 pessoas morreram e dezenas ficaram feridas, segundo o grupo Hamas.

Países árabes condenam ataque israelita contra escola em Gaza
Notícias ao Minuto

13:48 - 10/08/24 por Lusa

Mundo Gaza

"O Egito condena nos termos mais veementes o bombardeamento israelita contra a escola Al Tabain, que abriga pessoas deslocadas no bairro de Al Daraj, a leste da cidade de Gaza, que matou mais de 100 palestinianos e feriu dezenas", escreveu o Ministério das Relações Exteriores egípcio num comunicado.

 

Na nota, o Egito considerou que "a continuação da prática destes crimes em grande escala e o assassinato deliberado de elevado número de civis desarmados, cada vez que os esforços dos mediadores para tentar chegar a uma fórmula de cessar-fogo se intensificam na Faixa, é conclusivo, provando a ausência de vontade política de Israel para acabar com esta guerra feroz".

Também o Ministério das Relações Exteriores da Jordânia condenou o ataque, que definiu como "uma flagrante violação das normas do direito internacional" e criticou a "ausência de uma posição internacional firme que impeça a agressão israelita e obrigue o país a respeitar o direito internacional".

A Jordânia considerou este novo ataque israelita como mais uma prova do seu interesse em obstruir e frustrar os esforços dos mediadores que procuram retomar as negociações sobre um acordo de intercâmbio que conduziria a um cessar-fogo permanente.

Noutra declaração, a Arábia Saudita também denunciou "que a comunidade internacional não conseguiu responsabilizar Israel pelos resultados destas violações", que representam "assassinatos em massa na Faixa de Gaza".

O Exército israelita reconheceu o ataque e garantiu que se tratava de uma "operação de precisão" dirigida pelos seus serviços de inteligência contra os "terroristas do Hamas que operam dentro de um centro de comando e controle integrado na escola Al Tabain".

O Ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo Hamas, não atualiza o número total de vítimas da guerra desde a última quinta-feira, quando contabilizou 39.699 mortos e 91.722 feridos, a maioria crianças e mulheres desde o início do conflito.

O Hamas lançou em 07 de outubro de 2023 um ataque surpresa contra o sul de Israel com o lançamento de milhares de foguetes e a incursão de milicianos armados, que causou a morte de mais de 1.140 pessoas em Israel, a maioria civis, segundo uma contagem da agência de notícias France-Presse, baseada em números oficiais israelitas.

Cerca de 240 pessoas foram raptadas e levadas para Gaza, segundo as autoridades israelitas. Destas, perto de cem foram libertadas no final de novembro, durante uma trégua em troca de prisioneiros palestinianos, e 132 reféns continuam detidos no território palestiniano, 28 dos quais terão morrido.

Em resposta ao ataque, Israel declarou guerra ao Hamas, movimento que controla a Faixa de Gaza desde 2007 e que é classificado como terrorista pela União Europeia e Estados Unidos, bombardeando várias infraestruturas do grupo em Gaza e impôs um cerco total ao território com corte de abastecimento de água, combustível e eletricidade.

O conflito já provocou milhares de mortos e feridos, entre militares e civis, nos dois territórios.

Leia Também: Qatar pede investigação internacional ao ataque de Israel contra escola

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