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Após fugir de Espanha, Puigdemont garante: "Há um objetivo: a liberdade"

No vídeo partilhado na rede social X, Puigdemont adianta que a partir daqui se abre "uma nova etapa" na defesa da independência da Catalunha.

Após fugir de Espanha, Puigdemont garante: "Há um objetivo: a liberdade"
Notícias ao Minuto

15:28 - 10/08/24 por Notícias ao Minuto

Mundo Carles Puigdemont

O antigo presidente do governo regional da Catalunha Carles Puigdemont reapareceu, este sábado, num vídeo publicado nas redes sociais após ter estado, na quinta-feira, em Barcelona, onde voltou a exigir a independência da Catalunha. "Só existe um objetivo final que dá sentido a tudo o que podemos fazer: a liberdade. A liberdade individual e a liberdade do nosso país", afirmou Puigdemont.

 

No vídeo partilhado na rede social X (antigo Twitter), Puigdemont adianta que a partir daqui se abre "uma nova etapa" na defesa da independência da Catalunha, onde todos se devem comprometer a "lutar com cada um dos seus esforços", apesar das circunstâncias pessoais, "mas sem desistir", conforme descreve o jornal espanhol AS. 

Puigdemont apelou que os independentistas devem "lutar" e "explicar as razões" pelas quais querem a independência da região. "Devemos chegar a todos os cantos do país, cada um com a sua linguagem, com a sua estratégia", referiu. 

O ex-presidente referiu ainda que na passada quinta-feira pretendia entrar no Parlamento, durante a visita a Barcelona. "Voltei diante de milhares de pessoas no dia da inauguração. Queria entrar no Parlamento e poder exercer o direito de palavra e de voto, mas desde o início da manhã ficou claro que o Departamento do Interior tinha organizado um dispositivo policial para me impedir de entrar no Parlamento", afirmou Puigdemont.

O antigo presidente do governo regional referiu ainda que nunca quis entregar-se às autoridades.

Puigdemont deixou ainda críticas ao Governo, acusando-o de não se comportar "de forma democrática". "A repressão é feroz e está sendo levada a cabo contra as pessoas como se fossem criminosas e desprezassem os responsáveis ​​políticos", atirou. 

"A luta pela independência nunca pode ser separada da defesa acérrima dos direitos fundamentais, direitos que protegem todos os independentistas", referiu ainda.

De salientar que, na passada quarta-feira, Puigdemont regressou a Espanha sete anos após ter protagonizado a declaração unilateral de independência da Catalunha e de ser alvo de um mandado de detenção pelas autoridades espanholas.

Pelo menos três membros dos Mossos d'Esquadra foram detidos pela própria polícia da Catalunha por suspeita de terem ajudado Puigdemont a chegar ao centro de Barcelona e depois a fugir sem ser detido, na quinta-feira.

O Supremo Tribunal de Espanha recusou, num primeiro parecer, conceder a amnistia para independentistas a Carles Puigdemont aprovada pelo parlamento espanhol, pelo que o antigo presidente do governo regional continua a ser alvo de um mandado de detenção em Espanha.

Eleito deputado nas eleições catalãs de 12 de maio, Puigdemont tinha anunciado que estaria na sessão parlamentar de quinta-feira convocada para investir o socialista Salvador Illa novo presidente do governo catalão.

A polícia tinha montado um perímetro de segurança em redor do parlamento, com uma barreira policial que Puigdemont teria de cruzar para aceder ao edifício, mas nunca chegou a esse local, onde se esperava que fosse detido.

Os Mossos d'Esquadra acionaram depois a "operação Jaula", um dispositivo de segurança, com controlo de estradas, para tentar localizá-lo, mas sem sucesso.

[Notícia atualizada às 15h55]

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