Israel diz que matou 19 "terroristas" em bombardeamento de escola em Gaza
As forças armadas israelitas afirmaram hoje que pelo menos 19 "terroristas" dos movimentos islamitas Hamas e Jihad Islâmica foram mortos no bombardeamento da escola al-Tabin, em Gaza, insistindo que se tratava de um centro de comando das milícias palestinianas.
© OMAR AL-QATTAA/AFP via Getty Images
Mundo Israel/Palestina
As autoridades de Gaza afirmam que foram mortas mais de 100 pessoas, todas civis.
"Hoje, as Forças de Defesa de Israel e o Shin Bet [serviços secretos] atacaram os terroristas que operavam no quartel-general militar situado numa mesquita no recinto da escola al-Tabin", é referido num comunicado militar.
A investigação dos serviços secretos israelitas "confirmou" que "pelo menos 19 terroristas da organização terrorista Hamas e da Jihad Islâmica que agiram para perpetrar atividades terroristas contra as forças militares [israelitas] e contra o Estado de Israel a partir do interior do território" foram mortos, é acrescentado.
O texto inclui os nomes e as fotografias dos alegados terroristas mortos no ataque.
No documento do exército israelita é explicado que foram utilizados três "projéteis guiados com precisão" e sublinhado que, "de acordo com os peritos, não podem causar danos consistentes com a informação divulgada pelo gabinete de informação do governo de Gaza".
O governo israelita indica afirma também que "não foram causados danos substanciais ao complexo onde os terroristas se reuniram, como se pode ver na fotografia do complexo após o ataque", referindo-se a uma imagem do antes e do depois do ataque incluída na declaração.
Israel sublinha ainda que "foram tomadas medidas antes do ataque para reduzir as hipóteses de ferir civis, incluindo a utilização de armamento de precisão com uma ogiva reduzida e a utilização de informações exatas".
No comunicado, o exército israelita acusa o Hamas de "violar sistematicamente o direito internacional e operar a partir de portos seguros para civis, utilizando a população como escudo humano para atividades terroristas".
O ataque israelita à escola matou mais de uma centena de pessoas e feriu 150, de acordo com o Ministério da Saúde do governo de Gaza, que é controlado pelo Movimento de Resistência Islâmica (Hamas).
O atentado foi condenado internacionalmente por países árabes e muçulmanos, pelos Estados Unidos da América, pela União Europeia, Espanha, França, Irlanda e Reino Unido.
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