"A hérnia discal nas costas agravou-se ao ponto de poder causar danos permanentes e afetar a sua capacidade de andar", afirmou a mulher num comunicado divulgado na segunda-feira, noticiado hoje pelos meios de comunicação social locais.
"O meu marido, que já esteve em boa forma física e saudável e que adora fazer exercício, está agora confinado a uma cadeira de rodas devido a uma doença tratável que não foi devidamente abordada", acrescentou Yuki Gambaryan, referindo que o marido necessita de "uma cirurgia altamente especializada e arriscada".
O primeiro sinal de que a sua saúde se estava a degradar ocorreu em maio, quando o réu desmaiou no Supremo Tribunal Federal em Abuja, a capital nigeriana.
Apesar do pedido do juiz Emeka Nwite, em julho, para que fosse transferido para um hospital, a mulher queixou-se de que a sua equipa jurídica não tem acesso à prisão desde 26 de julho.
Tigran Gambaryan foi acusado pelo sistema judicial nigeriano, juntamente com a própria empresa de criptomoedas e outro dos seus executivos, Nadeem Anjarwalla, de nacionalidade britânica e queniana, que fugiu à Justiça na Nigéria e foi detido no Quénia em abril.
Embora uma fonte próxima do processo e fontes de segurança nigerianas tenham garantido à agência noticiosa EFE que a extradição de Anjarwalla está a ser finalizada, este ainda não regressou ao país.
Em meados de junho, o Serviço Federal de Receitas Internas da Nigéria (FIRS) concordou em retirar as acusações de evasão fiscal contra Gambaryan e Anjarwalla e acusar apenas a Binance, depois de a empresa ter nomeado um representante local, Ayodele Omotilewa.
Os dois empresários continuam a ser acusados de branqueamento de capitais no valor de 35,4 mil milhões de dólares (cerca de 33 mil milhões de euros) e de envolvimento em atividades financeiras ilegais na Nigéria.
Gambaryan viu ser-lhe negada a fiança pela Justiça nigeriana por risco de fuga.
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