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Mpox declarada emergência de saúde global. "Essencial para salvar vidas"

É a segunda vez em dois anos que a Mpox é declarada como emergência de saúde global pública. Agora, está em causa uma nova variante, que aparentemente se propagada mais facilmente em contacto de rotina.

Mpox declarada emergência de saúde global. "Essencial para salvar vidas"
Notícias ao Minuto

18:39 - 14/08/24 por Notícias ao Minuto com Lusa

Mundo mpox

A Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou, esta quarta-feira, a Mpox como emergência de saúde pública global, avança a Agência France-Presse.

 

Esta é a segunda vez em dois anos que a organização coloca a doença como uma emergência deste tipo. A situação altera-se depois de um surto na República Democrática do Congo se ter espalhado por outros países vizinhos.

Esta decisão a nível global é anunciada no dia seguinte a África ter declarado por todo o continente que esta era uma emergência de saúde pública.

"É evidente que é essencial uma resposta internacional coordenada para travar estes surtos e salvar vidas", adiantou o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, que ainda disse: "Isto é algo que nos devia preocupar a todos. O potencial para uma disseminação além de África é muito preocupante". O continente africano tem poucas vacinas disponíveis de momento.

O diretor-geral da OMS já tinha anunciado hoje que prolongou por um ano as recomendações permanentes contra o risco crónico do vírus Mpox em vários países africanos, na sequência do novo surto.

De acordo com a Reuters, classificar esta doença com o nível mais elevado de alerta na 'escala' da OMS pode acelerar a investigação, financiamento e medidas internacionais, assim como cooperação para controlar a propagação da doença. Atualmente, já foram confirmados casos entre crianças e adultos.

A Mpox começou a espalhar-se no Congo de uma forma endémica, mas uma nova variante - denominada de 'Clade Ib' - parece propagar-se mais facilmente, após contacto com pessoas infetadas. Depois do Congo, a variante espalhou-se para países vizinhos como Burundi, Quénia, Ruanda e Uganda, o que alertou a OMS.

Mais de 17 mil casos suspeitos de Mpox foramd detetados em África este ano, tendo resultado na morte de 517 pessoas. Segundo os dados do Centro Africano de Controlo e Prevenção de Doenças obtidos pela Reuters, isto significa que existe um aumento de 160% dos casos em comparação com o período homólogo de 2023. O mesmo centro dá conta de que 13 países já registaram casos.

Recorde alguns dados sobre a Mpox

A doença foi descoberta pela primeira vez em seres humanos em 1970, na atual RDCongo (antigo Zaire), com a propagação do subtipo 'Clade I' (do qual a nova variante é uma mutação), que desde então tem estado principalmente confinado a países da África Ocidental e Central, onde os doentes são geralmente infetados por animais infetados.

Em 2022, uma epidemia mundial do subtipo clade 2 propagou-se a uma centena de países onde a doença não era endémica, afetando principalmente homens homossexuais e bissexuais.

A OMS declarou um alerta máximo em julho de 2022 em resposta a este surto mundial, mas levantou-o menos de um ano depois, em maio de 2023. A epidemia causou cerca de 140 mortes num total estimado de 90 mil casos.

[Notícia atualizada às 19h07]

Leia Também: OMS prolonga por mais um ano as recomendações contra vírus Mpox em África

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