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Embaixadores de EUA, Alemanha e Reino Unido em Israel instam a cessar-fogo

Os embaixadores dos Estados Unidos, Alemanha e Reino Unido em Israel apelaram hoje para um acordo de cessar-fogo em Gaza, "urgente" para a estabilidade do Médio Oriente, na cimeira de quinta-feira em Doha visando retomar as negociações.

Embaixadores de EUA, Alemanha e Reino Unido em Israel instam a cessar-fogo
Notícias ao Minuto

19:39 - 14/08/24 por Lusa

Mundo Médio Oriente

"O sofrimento das famílias é razão suficiente para estarmos aqui, simplesmente em nome da humanidade, mas é tremendamente urgente, porque também faz parte da questão de manter alguma estabilidade nesta região", declarou o embaixador norte-americano, Jack Lew, numa conferência de imprensa em Telavive.

 

Os diplomatas deslocaram-se à sede do fórum que representa os familiares dos reféns israelitas há mais de dez meses em cativeiro na Faixa de Gaza, que também convocou para quinta-feira em Telavive um protesto para exigir um acordo de cessar-fogo que liberte os seus entes queridos.

A manifestação, a que foi dado o nome de "Marcha da Última Oportunidade", decorrerá enquanto os negociadores dos Estados Unidos, do Qatar, do Egito e de Israel se reúnem em Doha, e com a pressão acrescida de um possível ataque do Irão a Israel, em retaliação pelo assassínio do líder político do movimento islamita palestiniano Hamas, Ismael Haniyeh, a 31 de julho em Teerão.

O Presidente norte-americano, Joe Biden, já adiantou na terça-feira que espera que uma trégua entre Israel e o Hamas dissuada a República Islâmica de atacar território israelita.

Jack Lew, o embaixador norte-americano em Israel, afirmou que um acordo de cessar-fogo abriria "caminho a conversações para uma solução diplomática no norte" do país, referindo-se ao fogo cruzado diário de 'rockets' entre Israel e o Hezbollah, grupo xiita libanês aliado do Irão.

O embaixador alemão, Steffen Seibert, sublinhou que se trará de "uma semana especial e potencialmente decisiva".

"Já vai sendo altura de [se alcançar] um acordo para libertar os reféns, pôr em vigor um cessar-fogo e introduzir a ajuda necessária" na Faixa de Gaza, observou.

O seu colega britânico, Simon Walters, centrou-se no sofrimento das famílias dos reféns e defendeu que "não pode haver mais atrasos".

Após mais de dez meses de combates, a guerra israelita na Faixa de Gaza para "erradicar" o Hamas fez quase 40.000 mortos e mais de 92.000 feridos, com cerca de 10.000 desaparecidos, de acordo com os últimos dados do Ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo movimento islamita, desde 2007 no poder naquele enclave palestiniano e classificado como organização terrorista pelos Estados Unidos, a União Europeia e Israel, entre outros.

Os habitantes de Gaza, submetidos a constantes ordens de evacuação do exíguo território, estão agora amontoados em cidades semidestruídas ou em acampamentos sobrelotados, sob bombardeamentos e pilhas de lixo e escombros, quase sem acesso a água potável, eletricidade ou saneamento básico.

Devido à dificuldade de acesso das agências especializadas internacionais para distribuição de ajuda humanitária a cerca de 1,9 milhões de deslocados na Faixa de Gaza, o conflito causou também uma grave crise humanitária, com mais de 1,1 milhões de pessoas numa "situação de fome catastrófica" que está a fazer vítimas - "o número mais elevado alguma vez registado" pela ONU em estudos sobre segurança alimentar no mundo.

A guerra em curso, que hoje entrou no 313.º dia e continua a ameaçar alastrar a toda o Médio Oriente, começou em retaliação de Israel a um ataque do Hamas que fez 1.194 mortos em território israelita, na maioria civis, e 251 reféns, 111 dos quais permanecem em cativeiro, 41 deles entretanto mortos, segundo o mais recente balanço do Exército israelita.

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