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Itália atenta a eventual ação de Moscovo contra jornalistas italianos

O Ministério dos Negócios Estrangeiros italiano está a tentar averiguar informações divulgadas na Rússia segundo as quais dois jornalistas da estação televisiva RAI que acompanham a incursão ucraniana em solo russo poderão ser alvo de processos judiciais.

Itália atenta a eventual ação de Moscovo contra jornalistas italianos
Notícias ao Minuto

14:35 - 16/08/24 por Lusa

Mundo Guerra na Ucrânia

De acordo com notícias hoje difundidas na Rússia pelo canal noticioso 'online' Baza, pertencente à plataforma russa do Telegram, e com ampla repercussão em Itália, "o Ministério do Interior russo tenciona dar início a um processo penal contra os jornalistas italianos que fizeram reportagens na região de Kursk", por "travessia ilegal da fronteira do Estado".

 

Os jornalistas em causa, Stefania Battistini e Simone Traini, acompanham o avanço das forças ucranianas em território russo, tendo efetuado uma reportagem na cidade de Sudzha, na região de Kursk, transmitida no principal telejornal da RAI.

Fontes do Ministério dos Negócios Estrangeiros italiano questionadas pela imprensa italiana indicaram que não há confirmação por parte de Moscovo da sua intenção de processar judicialmente os jornalistas, indicando que a embaixada de Itália na capital russa está "a proceder às devidas verificações" e em estreito contacto com Roma.

Já a porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros russo, Maria Zakharova, confrontada também pela imprensa italiana com as notícias de eventuais queixas-crime contra os jornalistas da RAI, escusou-se a confirmar o teor das mesmas, mas fez questão de "recordar aos correspondentes estrangeiros a necessidade de respeitarem as regras de permanência no território da Federação Russa".

A Ucrânia tem levado a cabo uma inesperada ofensiva em território russo, na região fronteiriça de Kursk, tendo reclamado na quinta-feira o controlo de 82 localidades e 1.150 km2, de acordo com o comandante do Estado-Maior de Kiev, Oleksandr Syrsky.

"No total, desde o início das operações na região de Kursk, as nossas tropas avançaram 35 quilómetros em profundidade", disse o responsável militar durante uma reunião com o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, acrescentando: "Assumimos o controlo de 1.150 km2 de território e 82 localidades".

Zelensky informou, por seu lado, que as forças ucranianas assumiram o controlo total da localidade de Sudzha, na região de Kursk, ocupação essa retratada na reportagem da RAI, enquanto o Kremlin (presidência russa) acusa o Ocidente de estar a ajudar Kiev nesta incursão em solo russo.

A Ucrânia tem contado com ajuda financeira e em armamento dos aliados ocidentais desde que a Rússia invadiu o país, em 24 de fevereiro de 2022.

Os aliados de Kiev também têm decretado sanções contra setores-chave da economia russa para tentar diminuir a capacidade de Moscovo de financiar o esforço de guerra na Ucrânia.

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