"O ataque inimigo israelita à cidade de Hula, no sul do país, esta manhã, causou a morte de duas pessoas", declarou o Ministério da Saúde libanês num comunicado citado pela agência francesa AFP.
O Hezbollah confirmou a morte de dois elementos do grupo, segundo a agência espanhola Europa Press.
A troca de tiros entre o Hezbollah, que tem o apoio do Irão, e Israel na fronteira israelo-libanesa tem sido quase diária desde o início da guerra na Faixa de Gaza, há 10 meses.
O Hezbollah justifica os ataques a partir do sul do Líbano contra o norte de Israel com o apoio ao aliado palestiniano Hamas, cujo ataque em solo israelita em 07 de outubro desencadeou a guerra em curso.
Os receios de um alastramento regional da guerra têm sido frequentes desde que um ataque israelita matou um chefe militar do Hezbollah nos subúrbios do sul de Beirute, no final de julho.
Horas antes, tinha ocorrido o assassinato do chefe do Hamas quando se encontrava em Teerão, que foi atribuído a Israel, mas que não foi reivindicado.
O Irão e o Hezbollah prometeram retaliar.
O movimento pró-iraniano afirmou hoje ter efetuado um ataque com 'drones' "carregados de explosivos" contra duas posições militares israelitas.
Trata-se de um quartel perto da fronteira e uma base perto da cidade costeira de Acre, situada a cerca de 15 quilómetros, segundo o Hezbollah.
O ataque constituiu uma resposta à morte no sábado de um combatente do Hezbollah na região de Tiro, no sul do Líbano, segundo o grupo.
O exército israelita anunciou no sábado que tinha eliminado o comandante de uma unidade de elite do Hezbollah na região de Tiro.
Desde 08 de outubro, a violência entre Israel e o Hezbollah causou pelo menos 584 mortos no Líbano, sobretudo combatentes do movimento pró-iraniano, mas também 128 civis, segundo uma contagem da AFP.
Em Israel e nos Montes Golã sírios ocupados por Israel, 22 soldados e 26 civis foram mortos, de acordo com as autoridades israelitas.
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