Forças ucranianas expandem ofensiva na região de Kursk

As forças da Ucrânia expandiram a sua ofensiva na região russa de Kursk, cruzando a fronteira num segundo ponto a oeste de Glushkovo, onde tentam isolar mais de 50 cidades assim como os militares de Moscovo.

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© Vladimir Aleksandrov/Anadolu via Getty Images

Lusa
19/08/2024 16:33 ‧ 19/08/2024 por Lusa

Mundo

Guerra na Ucrânia

Para atingir os seus objetivos, as tropas ucranianas contam com a destruição de pontes sobre o rio Seim a norte e exercem pressão a partir das áreas já capturadas a leste, relata a agência EFE.

 

Mais de 11 quilómetros quadrados de território russo ficaram sob controlo ucraniano a oeste de Glushkovo, onde uma nova frente está a emergir a cerca de 35 quilómetros de distância da área capturada a oeste de Sudzha.

A localidade de Otruba e arredores foram conquistadas pela Ucrânia, de acordo com a plataforma de análise DeepState, que indica que estão em disputa mais seis quilómetros e outra localidade, Tetkino.

As forças ucranianas estão agora presentes a oeste do distrito de Glushkovo e também a leste, onde continuaram a avançar com a captura das localidades de Snagost e Apanasovka.

A sul fica a fronteira com a Ucrânia e, a norte, a maior parte do distrito está separada do resto do território russo pelo rio Seim.

A Força Aérea Ucraniana confirmou nos últimos dias a destruição pelas suas aeronaves de duas pontes sobre o Seim e está a atacar a rede logística russa no distrito.

A terceira e última ponte sobre o Seim naquela área também foi destruída, informaram no domingo blogues militares russos, embora as autoridades de Kyiv ainda não o tenham confirmado.

A Rússia está a utilizar pontes flutuantes para abastecer as suas tropas na área e para retirar civis, mas estas também podem tornar-se alvos fáceis para a Ucrânia, observa o DeepState, isolando a região e deixando milhares de soldados russos sob risco de serem cercados.

Esta vitória potencial colocaria outros 500 quilómetros quadrados e 50 localidades sob controlo ucraniano, afirma o blogue, enquanto Glushkovo poderia tornar-se num segundo grande reduto das forças ucranianas em Kursk, depois de Sudzha.

O analista militar Oleksandr Kovalenko destaca, citado pela EFE, que a Rússia corre o risco de perder estes territórios, uma vez que o progresso ucraniano a nordeste de Glushkovo, perto de Korenevo, poderá em breve cortar o único caminho que resta para uma retirada.

"Se Glushkovo permanecer sob controlo ucraniano, a área total capturada em Kursk, mais de 1.500 quilómetros, será maior do que a que a Rússia capturou na Ucrânia durante todo o ano de 2024", sublinhou na sua mais recente análise para o grupo "Resistência Informativa".

Kyiv continua a evitar revelar detalhes sobre a operação em curso, tendo o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, apenas reafirmado no domingo que esta ação visa criar uma "zona tampão" em território russo e enfraquecer o seu potencial de guerra.

"Estamos a alcançar os nossos objetivos", sublinhou Zelensky quando voltou hoje ao assunto, depois de afirmar que mais soldados russos foram feitos prisioneiros em Kursk. EFE

Leia Também: OMS contabiliza 1.940 ataques a serviços de saúde desde a invasão russa

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