"Traí a confiança dos meus eleitores e apoiantes. Lamento profundamente a minha conduta", afirmou o republicano de Nova Iorque.

Aos repórteres, fora do tribunal, assumiu que as ambições políticas levaram-no a "tomar decisões que eram pouco éticas".

De ascendência brasileira, George Santos pode enfrentar uma pena entre dois a 22 anos de prisão, indicou em comunicado o Ministério Público de Nova Iorque. A pena a aplicar será conhecida em 07 de fevereiro.

Como parte de um acordo com o Ministério Público, o ex-congressista deverá restituir cerca de 375 mil dólares (339 mil euros). Outros 205 mil dólares (185,6 mil euros) serão confiscados.

George Santos, 36 anos, era acusado de conspiração, declarações falsas, falsificação de registos, usurpação de identidade agravada e fraude com cartão de crédito, entre outras acusações, das quais se tinha declarado anteriormente inocente.

O julgamento do ex-congressista, que estava em liberdade sob fiança e na condição de se apresentar periodicamente às autoridades, estava previsto iniciar-se em setembro.

O jornal The New York Times noticiou, pouco depois da eleição de Santos, em novembro de 2022, todas as falsidades sobre o seu currículo, nomeadamente relativas à sua família, religião, estudos, experiência profissional ou passatempos, tendo o próprio admitido que tinha "adornado" alguns detalhes.

George Santos foi expulso do Congresso norte-americano em dezembro de 2023.

Entre as falsidades relatadas incluíam-se o ser descendente de judeus sobreviventes do Holocausto que alegadamente fugiram das atrocidades nazis durante a Segunda Guerra Mundial (1939-1945), o ser licenciado pela Universidade de Nova Iorque e o ter trabalhado para os bancos americanos Goldman Sachs ou Citigroup.

Santos mentiu ao Congresso sobre a sua riqueza, usou donativos de campanha para pagar despesas pessoais e recebeu subsídios de desemprego enquanto trabalhava.

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