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"Os reféns podiam ter sido salvos. Netanyahu escolheu sacrificá-los"

A família de um dos reféns cujo corpo foi recuperado pelo exército israelita reagiu à operação, que contou com os serviços secretos internos.

"Os reféns podiam ter sido salvos. Netanyahu escolheu sacrificá-los"
Notícias ao Minuto

17:40 - 20/08/24 por Notícias ao Minuto com Lusa

Mundo Israel/Palestina

A família de Alex Dancyg, um dos reféns mortos cujos corpos foram recuperados pelo exército israelita, reagiu esta terça-feira à ocorrência.

 

"Alex e todos os reféns podiam ter sido salvos. Netanyahu escolheu sacrificar os reféns. O 'karma' vai julgá-lo e ele vai pagar por isso", referiu Mati Dancyg, filho do refém em questão.

O familiar de Alex, um historiador refém que teria feito 76 anos o mês passado, sublinhou em comunicado citado pela imprensa que relatos de reféns libertados davam conta de que o pai estava vivo e em boas condições de saúde nos meses seguintes ao ataque de 7 de outubro.

Já o Fórum das Famílias dos Reféns e Desaparecidos no ataque deu conta de que o governo israelita deveria fazer "tudo o que estiver ao seu alcance" para alcançar um acordo em que esteja prevista a libertação dos mais de 100 reféns feitos que ainda estão sob o controlo do Hamas.

“A recuperação dos corpos de Abraham, Alex, Chaim, Yagev, Yoram e Nadav é fundamental para que as suas famílias possam encerrar a sua vida e dar o descanso eterno aos assassinados”, escreveu a entidade em comunicado pela pelo Times of Israel.

“Israel tem a obrigação moral e ética de devolver todos os mortos para um enterro digno e de trazer todos os reféns vivos para casa para reabilitação. O regresso imediato dos restantes 109 reféns só pode ser conseguido através de um acordo negociado. O governo israelita, com a ajuda de mediadores, deve fazer tudo o que estiver ao seu alcance para finalizar o acordo atualmente em cima da mesa", detalharam ainda.

O anúncio de que os corpos de seis reféns foram recuperados foi feito esta terça-feira. A recuperação destes corpos foi feita numa operação conjunta com os serviços secretos internos.

Os reféns em questão já tinham sido dados como mortos, mas os seus corpos ainda não tinham sido recuperados.

Recuperados na Faixa de Gaza corpos de seis reféns israelitas

Recuperados na Faixa de Gaza corpos de seis reféns israelitas

O exército israelita anunciou hoje ter recuperado os corpos de seis reféns mortos na Faixa de Gaza, numa operação conjunta com os serviços secretos internos.

Lusa | 08:42 - 20/08/2024

A guerra em curso entre Israel e o Hamas foi desencadeada por um ataque sem precedentes do grupo islamita palestiniano em solo israelita, em 7 de outubro de 2023, que causou cerca de 1.200 mortos e mais de duas centenas de pessoas foram levadas como reféns, disseram as autoridades israelitas.

Após o ataque do Hamas, Israel desencadeou uma ofensiva em grande escala na Faixa de Gaza, que já provocou mais de 40 mil mortos, na maioria civis, e um desastre humanitário, desestabilizando toda a região do Médio Oriente.

Entretanto, na Cisjordânia ocupada, um palestiniano de 18 anos morreu na noite de segunda-feira no hospital depois de ter sido baleado na cabeça pelo exército israelita na cidade de Dura, a sul de Hebron, anunciou o Ministério da Saúde palestiniano.

A Cisjordânia ocupada está a viver a maior espiral de violência desde a Segunda Intifada (2000-2005) e este ano pelo menos 293 palestinianos foram mortos por fogo israelita, na maioria milicianos, de acordo com a contagem da agência de notícias EFE. O ano passado foi o mais mortífero em duas décadas, com mais de 520 mortos.

O exército israelita intensificou as frequentes incursões na Cisjordânia, depois do ataque do Hamas de 7 de outubro e, desde então, cerca de 636 palestinianos foram mortos por tropas e uma dúzia por colonos.

Do lado israelita, 22 pessoas foram mortas este ano: 11 militares e 11 civis, seis dos quais colonos.

Leia Também: Mediadores reúnem-se com Israel para "construir pontes" para trégua

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