Num comunicado divulgado no final da sua reunião semanal, o executivo federal helvético anunciou esta decisão, com a qual pretende "ampliar a cooperação internacional entre Forças Armadas e assim fortalecer a capacidade de defesa nacional da Suíça".
Ambos os projetos se incluem no programa de Cooperação Estrutural Permanente (PESCO), criado em 2017 pela União Europeia (UE) para coordenar a defesa, na sequência do 'Brexit' (saída do Reino Unido do bloco comunitário) e da insistência do então Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, em que os seus parceiros da NATO deveriam aumentar a despesa pública nesse setor.
A primeira destas iniciativas, denominada "Mobilidade Militar", tem por objetivo facilitar a deslocação transfronteiriça de tropas entre territórios europeus através da uniformização dos processos administrativos.
Com a sua participação neste projeto, o Governo suíço prevê agilizar os pedidos de travessia de fronteiras para as suas Forças Armadas e dessa forma reduzir os períodos de espera.
O executivo suíço aprovou igualmente a participação do seu Exército num projeto de cooperação na área da ciberdefesa batizado como "Cyber Ranges Federation".
Esta cooperação centra-se nos chamados "cyber ranges" ou cenários de simulação informática dedicados a experimentar as mais recentes tecnologias e a formar pessoal militar especializado nesse domínio.
O projeto permitirá "diversificar os moldes de formação virtual para especialistas na matéria e melhorará as capacidades de defesa da Suíça no âmbito cibernético", indicaram as autoridades.
Recordaram, contudo, que a participação do seu Exército nos dois projetos ainda está sujeita à aprovação dos Estados que deles fazem parte, bem como à do Conselho de UE.
No caso de ser aprovada, a Suíça somar-se-á à lista de países não-membros da UE -- como o Canadá, a Noruega, os Estados Unidos e o Reino Unido -- que já participam no programa PESCO na qualidade de Estados terceiros.
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