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Primeiro-ministro? Nova Frente Popular denuncia "grave inação" de Macron

A coligação de esquerda Nova Frente Popular (NFP) denunciou hoje a "grave inação" do Presidente francês, Emmanuel Macron, na nomeação de um novo primeiro-ministro, na véspera de uma reunião no Eliseu destinada a desbloquear o impasse.

Primeiro-ministro? Nova Frente Popular denuncia "grave inação" de Macron
Notícias ao Minuto

14:22 - 22/08/24 por Lusa

Mundo França

Passadas sete semanas desde as eleições legislativas, a França tem sido dirigida por um governo demissionário encarregue de gerir os assuntos correntes, e a pressão sobre Emmanuel Macron está a aumentar para pôr fim a este período sem precedentes no país.

 

Numa carta dirigida aos franceses, os quatro partidos da NFP lamentam que Macron esteja a "hesitar em vez de tirar as consequências" das eleições legislativas, que viram a esquerda unida obter o maior número de deputados (193), à frente do partido presidencial (165) e da extrema-direita (143), mas longe da maioria absoluta de 289 deputados.

"É mais do que tempo de passar à ação: como em todas as democracias parlamentares, a coligação que sair vencedora deve ser capaz de formar um governo e começar a trabalhar", insistem os representantes da França Insubmissa (LFI, sigla em francês), Partido Socialista, Partido Comunista Francês e dos Ecologistas.

Com o resultado das eleições legislativas, os quatro partidos da NFP, que afirmam estar "prontos a governar", ultrapassaram as suas divergências para propor como primeira-ministra a economista Lucie Castets, de 37 anos, uma alta funcionária pública desconhecida do grande público.

"Até quando vamos continuar como se nada tivesse acontecido no início do verão?", questionam os signatários da carta, considerando que "a inação do Presidente da República é grave e deletéria".

O resultado das eleições legislativas antecipadas "obriga, antes de mais, aqueles que o provocaram", escrevem os dirigentes de esquerda, referindo-se à dissolução da Assembleia Nacional francesa decidida a 09 de junho por Emmanuel Macron, após o resultado das eleições europeias que deram a vitória ao partido de extrema-direita União Nacional (RN, sigla em francês).

Os representantes do NFP dizem estar "convencidos" de que a falta de maioria absoluta não será um obstáculo e reafirmam uma série de pontos do seu programa sobre a diplomacia.

"Trabalharemos para derrotar a guerra de agressão de Vladimir Putin" na Ucrânia e "para obter um cessar-fogo em Gaza e a libertação dos reféns", referem, além de prometerem avançar com o "reconhecimento imediato" da Palestina.

O Eliseu informou recentemente que o Presidente francês pretende "avançar para a constituição da maioria mais ampla e mais estável possível ao serviço do país".

Os signatários da carta serão recebidos na sexta-feira, às 10h30 locais (09h30 de Lisboa), no Eliseu, antes dos representantes da direita e dos macronistas, à tarde. Já os representantes da extrema-direita serão convidados na segunda-feira, dia 26 de junho.

Leia Também: Macron sob pressão da esquerda para nomear novo primeiro-ministro

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