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Candidata da Nova Frente Popular quer tirar a França da paralisia

A candidata a primeira-ministra francesa da Nova Frente Popular (NFP, esquerda), vencedora das eleições legislativas antecipadas de julho, afirmou hoje querer tirar o país da paralisia e procurar compromissos com outras forças, antes de se reunir com o Presidente.

Candidata da Nova Frente Popular quer tirar a França da paralisia
Notícias ao Minuto

14:27 - 23/08/24 por Lusa

Mundo França

"Estamos aqui para lembrar ao Presidente a importância de respeitar o resultado das eleições e de tirar o país da paralisia em que está mergulhado", disse Lucie Castets à chegada ao Palácio do Eliseu um pouco antes das 10h30 horas locais (09h30 de Lisboa) antes da reunião convocada por Emmanuel Macron.

 

Os representantes da NFP também se deslocaram ao Eliseu, nomeadamente o coordenador da França Insubmissa (LFI, esquerda radical) Manuel Bompard; o primeiro secretário do Partido Socialista, Olivier Faure; a secretária nacional dos Ecologistas, Marine Tondelier, e o secretário nacional do Partido Comunista Francês, Fabien Roussel.

"Viemos propor uma solução de estabilidade. Fizemos hoje a escolha de estarmos todos juntos, os quatro líderes dos partidos, os representantes dos presidentes, os presidentes dos grupos na Assembleia e no Senado", afirmou Castets.

A coligação de esquerda foi o primeiro partido na agenda de hoje de Macron, por ser o bloco com mais deputados eleitos na Assembleia Nacional francesa resultante das eleições legislativas de 07 de julho, que ditaram que o partido presidencial perdesse lugares.

No entanto, os 193 deputados da NFP estão longe da maioria absoluta necessária para governar (289) e os restantes grandes blocos ameaçam derrubar qualquer governo que inclua figuras da França Insubmissa (LFI), um partido que é divisivo no seio da coligação.

"Estamos a mostrar que estamos unidos e que somos fiéis ao mandato que nos foi conferido pelos eleitores", disse a candidata a primeira-ministra, referindo que "se o Presidente da República tomasse qualquer outra decisão, estaria a enviar o sinal de que não ouviu a exigência do povo francês de uma mudança de direção e de método".

O Presidente francês, que convocou uma trégua política durante a realização dos Jogos Olímpicos, insiste que, antes de nomear um primeiro-ministro, os partidos devem dialogar para construir maiorias estáveis que garantam a governabilidade.

"Estamos conscientes de que é isto que viemos apresentar ao Presidente da República e que vamos ter de mudar os nossos métodos e procurar compromissos na ausência de uma maioria absoluta. Estamos preparados para isso. A Nova Frente Popular é a única coligação com um programa e um candidato. Estamos prontos a propô-lo", acrescentou Lucie Castets.

A coligação de esquerda, que conseguiu chegar a um consenso na nomeação da funcionária pública Lucie Castets como a sua candidata a governar, promete uma política de rutura, que inclui o aumento do salário mínimo e a revogação da reforma das pensões.

A França, que nas últimas semanas é governada pelo governo demissionário de Gabriel Attal, está sob pressão com a proximidade de prazos orçamentais cruciais, que terão de ser aprovados no outono.

Depois da NFP, Macron receberá os representantes do seu próprio partido e dos conservadores da direita Republicana representados na Assembleia Nacional e Senado, bem como de outros partidos minoritários na expectativa de conseguir um governo maioritário.

No dia 26 de agosto, o chefe de Estado francês receberá a extrema-direita de Marine Le Pen, que ficou na terceira posição nas eleições legislativas.

Após estas consultas, o Presidente francês deverá nomear um primeiro-ministro que terá de ser aprovado pela Assembleia Nacional.

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