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Zelensky quer "paz justa" para Kyiv e envolvimento da Índia no processo

O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, disse hoje ao primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, que o fim da guerra em termos aceitáveis para Kiev é uma questão prioritária para a Ucrânia.

Zelensky quer "paz justa" para Kyiv e envolvimento da Índia no processo
Notícias ao Minuto

14:32 - 23/08/24 por Lusa

Mundo Ucrânia

"A questão de acabar com a guerra e alcançar uma paz justa é uma prioridade para a Ucrânia", disse Zelensky durante um encontro com Modi em Kyiv, citado pela agência espanhola EFE.

 

O encontro foi parcialmente divulgado num vídeo publicado nas redes sociais pelo chefe de Estado ucraniano.

Zelensky agradeceu a Modi a participação nas consultas internacionais da Ucrânia com países terceiros para pôr termo à guerra com a Rússia e manifestou interesse em que a Índia continue a participar no processo.

Modi assegurou que a Índia é "resolutamente a favor da paz" entre a Ucrânia e a Rússia, e prometeu a Kyiv uma ajuda humanitária substancial.

"Se ficámos (...) longe da guerra, isso não significa que fomos indiferentes", assegurou Modi, sentado ao lado de Zelensky, segundo a agência francesa AFP.

"Não fomos neutros desde o primeiro dia, tomámos partido e somos resolutamente a favor da paz", afirmou durante a visita histórica à Ucrânia.

Modi, cujo país goza tradicionalmente de excelentes relações com Moscovo, é o primeiro chefe de governo indiano a visitar a Ucrânia.

O chefe da diplomacia indiana, Subrahmanyam Jaishankar, disse aos jornalistas em Kyiv que Zelensky manifestou interesse no envolvimento de Nova Deli na organização de uma nova cimeira mundial para a paz na Ucrânia.

O encontro entre Modi e Zelensky centrou-se sobretudo na "situação militar", na questão da segurança alimentar e energética e na procura de "caminhos concebíveis para a paz e a resolução de conflitos", disse Jaishankar.

"Estamos prontos a fazer tudo o que pudermos, porque pensamos que a continuação deste conflito é obviamente terrível para a Ucrânia e também para o mundo", acrescentou.

Zelensky anunciou também a assinatura de quatro acordos de cooperação entre os dois países nos domínios dos produtos farmacêuticos, agricultura, assuntos humanitários e cultura.

Disse igualmente que os dois países se comprometeram a trabalhar no sentido de selar um acordo de cooperação estratégica que lhes permita intensificar as relações comerciais, tecnológicas e militares.

Zelensky recordou que esta é a primeira visita de sempre de um primeiro-ministro indiano à Ucrânia independente e agradeceu a Modi por ter aceitado o convite para se deslocar a Kyiv.

Modi, que chegou de comboio a Kyiv proveniente da vizinha Polónia, começou a visita acompanhando Zelensky a uma exposição dedicada às crianças que morreram durante a guerra.

"Apercebi-me de que as primeiras vítimas da guerra são, de facto, crianças inocentes. E isso é de partir o coração", afirmou.

"É muito doloroso, qualquer pessoa que acredite na Humanidade não pode aceitar", acrescentou.

A Índia está a tentar manter um equilíbrio delicado entre a Rússia, com a qual tem fortes laços, e os países ocidentais, com os quais procura estreitar os laços para contrariar a China, o seu rival regional.

Modi evitou condenar explicitamente a invasão russa da Ucrânia, que teve início em fevereiro de 2022, e a Índia absteve-se sempre de votar resoluções da ONU que pudessem ser hostis a Moscovo.

O Presidente russo, Vladimir Putin, declarou que um cessar-fogo e conversações só são possíveis se Kyiv ceder as regiões que a Rússia afirma ter anexado desde 2022.

Trata-se de Donetsk, Lugansk, Zaporijia e Kherson, depois de a Rússia ter anexado a Crimeia em 2014.

Putin exigiu também que a Ucrânia renuncie ao desejo de aderir à NATO.

A Ucrânia e os seus aliados ocidentais consideram inaceitáveis as condições russas.

Zelensky tem exigido a retirada das tropas russas de todo o território ucraniano, incluindo a Crimeia, para negociar um acordo de paz.

[Notícia atualizada às 15h17]

Leia Também: Kyiv diz que incursão na Rússia está a diminuir ataques ao seu território

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