"A Rússia colocou a sua economia ao serviço do complexo militar-industrial do Kremlin [presidência russa]. As decisões de hoje do [Departamento do] Tesouro visam confirmar os compromissos assumidos pelo Presidente [norte-americano, Joe] Biden e pelos seus homólogos do G7 [as sete maiores economias mundiais] para perturbar as cadeias de abastecimento da Rússia", justificou o vice-secretário do Tesouro, Wally Adeyemo, citado num comunicado.
As sanções agora decretadas pelos Estados Unidos da América (EUA) visam empresas tecnológicas envolvidas no "apoio e desenvolvimento da indústria de defesa russa", sobretudo as que participam na produção e modernização do seu arsenal, mas também ao nível da automação, da robótica, da vigilância 'online' e da Inteligência Artificial.
São também visadas empresas envolvidas no setor financeiro e que fornecem soluções de 'software' e tecnologia aos bancos do país.
Por último, este novo pacote de sanções do Departamento do Tesouro norte-americano (equivalente ao Ministério das Finanças) também procura limitar ainda mais o acesso russo aos minerais estratégicos e ao setor mineiro, em particular ao ferro, ao aço e ao carvão.
Entre os alvos das sanções, cerca de 100 estão sediados fora da Rússia, principalmente na China, Turquia, Emirados Árabes Unidos e Suíça, e são acusados de ajudar Moscovo e as suas empresas a contornar as restrições já em vigor desde o início do conflito na Ucrânia, em fevereiro de 2022.
São ainda afetados vários institutos de investigação na Rússia, em concreto o Instituto de Investigação e Desenvolvimento do Ministério da Defesa russo.
As sanções resultam no congelamento de ativos detidos direta ou indiretamente pelas pessoas e empresas visadas, bem como na proibição de qualquer cidadão ou entidade norte-americana de negociar com os alvos das medidas, correndo o risco de serem igualmente sancionados.
Leia Também: Rússia vai processar jornalistas de mais países por entrada em Kursk