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Quatro reclusos e três funcionários morrem em motim em prisão russa

Os quatro reclusos que iniciaram hoje um motim numa prisão da região de Volgogrado, no sudoeste da Rússia, foram abatidos, segundo a Guarda Nacional, com as autoridades a indicarem que pelo menos três funcionários penitenciários feitos reféns também morreram.

Quatro reclusos e três funcionários morrem em motim em prisão russa
Notícias ao Minuto

18:15 - 23/08/24 por Lusa

Mundo Rússia

"Atiradores de unidades especiais da Guarda Nacional Russa na região de Volgogrado neutralizaram com quatro tiros certeiros quatro prisioneiros que tinham feito reféns funcionários da prisão", descreveu a organização.

 

Segundo o Serviço Penitenciário Federal (FSIN), os quatro agressores fizeram reféns oito funcionários prisionais e outros quatro reclusos na colónia penal n.º 19.

"Os criminosos infligiram esfaqueamentos de gravidade variável a quatro funcionários", disse o FSIN numa mensagem publicada ao final da tarde na rede social Telegram.

Esta tomada de reféns que durou várias horas, a segunda numa prisão russa em pouco mais de dois meses, parece, tal como a anterior, trazer a marca do grupo 'jihadista' Estado Islâmico (EI).

O número final de mortes entre os funcionários prisionais ainda não é claro, segundo a agência France Presse (AFP).

As informações comunicadas pelas diversas autoridades davam conta, alternadamente, de três ou quatro mortos e de um número variável de feridos.

Segundo o FSIN, os quatro atacantes foram abatidos, enquanto os quatro companheiros de prisão feitos reféns ficaram feridos.

Um pouco antes, a Guarda Nacional Russa tinha anunciado que tinha "neutralizado" os sequestradores graças às suas unidades especiais de atiradores.

A prisão em causa é um estabelecimento de "regime severo", ou seja, com condições de detenção rigorosas e situa-se na cidade de Surovikino, a cerca de 120 quilómetros a oeste de Volgogrado, a capital regional.

Vídeos não autenticados tendem a apoiar a tese de uma operação orquestrada por apoiantes do EI.

Um primeiro vídeo transmitido por vários meios de comunicação russos durante a tomada de reféns mostrava uma sala com o chão coberto de sangue, observando-se quatro homens fardados, deitados e ensanguentados, alguns aparentemente inanimados, e pelo menos dois outros filmados ao lado de um terceiro indivíduo que falava em árabe.

Depois, estes últimos reivindicaram, em russo, a sua adesão ao EI.

Neste vídeo de 46 segundos, um dos homens segurava uma faca numa mão e, na outra, um dos supostos guardas pelo pescoço.

Um outro vídeo exibia quatro alegados agressores, dos quais pelo menos dois empunhavam uma faca, e um deles exibia também o que parece ser uma bandeira do EI.

"Todas as pessoas do nosso território são obrigadas a respeitar e observar as leis da Rússia", reagiu o governador da região de Volgogrado, Andrei Botcharov, na rede social Telegram.

"Não permitiremos que ninguém tente fomentar a discórdia étnica", acrescentou.

Em meados de junho, vários membros da organização 'jihadista' foram mortos depois de terem feito reféns dois guardas prisionais numa prisão da região de Rostov (sudoeste), próxima de Volgogrado.

A Rússia tem sido repetidamente alvo de ataques reivindicados pela organização terrorista, embora a influência do EI continue a ser limitada no país.

No final de março, o EI reivindicou a autoria de um atentado contra a Crocus City Hall, uma sala de espetáculos perto de Moscovo, onde homens armados mataram 145 pessoas, o pior atentado na Rússia em quase 20 anos.

A agência russa TASS disse que os registos judiciais mostraram que os autores do motim na prisão de alta segurança em Volgogrado são provenientes de antigos países soviéticos da Ásia Central, tendo o ataque à sala Crocus sido atribuído a cidadãos do Tajiquistão.

Leia Também: Motim em prisão russa abordado por Putin em reunião de segurança

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